Ubabef alerta: crise na avicultura já resultou em 5.750 demissões

Ubabef alerta: crise na avicultura já resultou em 5.750 demissões

No Dia do Avicultor, 28 de agosto, entidade defendeu ações urgentes do Governo Federal para auxiliar o setor.

Ovonews

agosto 28, 2012

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Foi exatamente no Dia do Avicultor, 28 de agosto, que as palavras de comemoração deram lugar a um alerta feito pela entidade nacional que representa os avicultores brasileiros. A União Brasileira de Avicultura, a Ubabef, representada por seu presidente Francisco Turra, mostrou dados preocupantes para o setor. Presente à Expointer, tradicional feira agropecuária que acontece no Rio Grande do Sul, Turra desabafou: “Este talvez seja o mais dramático Dia do Avicultor da história de nosso setor. A crise ameaça uma atividade que responde por 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos e de 160 mil famílias de produtores avícolas integrados. A situação dramática impõe a necessidade de medidas urgentes”, defendeu.

A crise no setor, que vem crescendo nos últimos meses por conta, principalmente, dos altos custos dos insumos ligados à soja e ao milho, já resultou em pelo menos 5.750 demissões nesse período. Em manifesto distribuído durante a Expointer, em Esteio (RS), a Ubabef apelou para a necessidade de intervenção do governo federal. “O setor precisa que instrumentos de política agrícola facilitem o acesso a estoques de milho e soja. Também há uma necessidade dramática de acesso a crédito, que desapareceu até mesmo no que diz respeito a bancos oficiais. Não se pode esperar mais”, defendeu Turra.

A Ubabef defende medidas como a realização de leilões de Prêmio de Escoamento da Produção (PEPs) para as regiões produtoras mais afetadas e leilões de estoques reguladores; ampliação da venda a balcão para produtores (e extensão da medida a agroindústrias) e expansão dos mecanismos de manutenção da próxima safra do grão, todas com relação ao milho; liberação de recursos da Conab para subsidiar a compra de milho e soja; e garantia de preços mínimos.

Outras medidas defendidas pela entidade, e no caso específico da soja, são o monitoramento dos níveis de exportação; prorrogação de empréstimos de investimentos e custeio dos produtores avícolas; a facilitação da importação para manutenção do consumo interno; e a criação de mecanismos de incentivo para manutenção da comercialização de farelo de soja no mercado interno (como crédito presumido de PIS/Cofins).

Nas medidas defendidas pela Ubabef também estão a oferta de crédito emergencial para custeio e capital de giro das agroindústrias, frente aos aumentos nos custos de produção; prorrogação de todas as dívidas em bancos estaduais e privados, com extensão às empresas integradoras; liberação imediata de créditos de PIS/Cofins e simplificação do processo de monetização de créditos acumulados destes dois tributos; inclusão da avicultura entre os setores beneficiados pelo Reintegra; início imediato da desoneração da folha de pagamento; e a prorrogação ou suspensão do pagamento do REFIS, pelo prazo de um ano, para as empresas avícolas que tiverem recorrido a esse mecanismo. 

(Com dados da assessoria de imprensa da Ubabef)

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