Ovos in natura continuam liderando exportação, aponta Ubabef

Ovos in natura continuam liderando exportação, aponta Ubabef

Números divulgados pela entidade demonstram, entretanto, que a exportação entre janeiro e agosto deste ano caiu 53,7% em relação ao mesmo período de 2012.

Ovonews

setembro 19, 2013

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Ovos in natura continuam liderando exportações brasileiras 

A exportação é um tema que ainda parece distante da realidade do produtor de ovos brasileiro - pelo menos da grande maioria - enquanto o mercado interno cresce e faz o avicultor sorrir como nunca. No quesito exportação, os números divulgados pela União Brasileira de Avicultura no último dia 17 de setembro demonstram as dificuldades com o mercado externo de ovos. Segundo levantamento da entidade, entre janeiro e agosto deste ano foram exportadas 7,8 mil toneladas de ovos, resultado 53,7% menor em relação às 17 mil toneladas embarcadas no mesmo período do ano passado.

O principal produto embarcado foi o ovo in natura, com 6,9 mil toneladas. Os ovos processados totalizaram 971 toneladas no período. A exportação brasileira de ovos atingiu receita de US$14,4 milhões entre janeiro e agosto deste ano, resultado 45,5% menor que os US$ 26,5 milhões registrados no mesmo período de 2012. Segundo informa a entidade, a maior parte da receita veio dos produtos in natura, com US$ 10,2 milhões. Os ovos processados representaram US$4,1 milhões.

Os dados da Ubabef apontam também que a África continua sendo o principal destino das exportações brasileiras de ovos in natura, com 3,7 mil toneladas embarcadas (-57%). Em segundo, vem o Oriente Médio, com 2,6 mil toneladas (-60,1%).

O continente americano, com 600 toneladas (-2,3%) e a Ásia, com 430 quilos, são, respectivamente, o terceiro e o quarto maiores importadores de ovos in natura do Brasil. Angola foi o principal comprador dessa modalidade, com 49% do total. Em seguida, vêm os Emirados Árabes Unidos, com 37%. A Bolívia ocupou o terceiro posto, representando 9% do total de ovos exportados do Brasil.

A clara desidratada foi o principal produto exportado no quesito ovos processados. O item representou 207,9 toneladas embarcadas entre janeiro e agosto de 2013, resultado 21,7% menor em relação ao total exportado no ano anterior. Ovo integral desidratado, com 1,4 toneladas (+75%) e gema desidratada, com 500 quilos (+50%), completam a lista.  Já para ovos processados líquidos, ovo integral sem casca totalizou 761 toneladas entre janeiro e agosto de 2013, dado 52,7% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Somam-se, neste quadro, a gema líquida, com 706 quilos (-98,7%) e outras ovalbuminas, com 22 quilos (-98,7%).

Além do ovo, a Ubabef divulgou, ainda, levantamentos em relação à carne de frango, peru, patos e marrecos, e dados também de ovos férteis e material genético. Todos esses produtos totalizaram 2,684 milhões de toneladas, entre janeiro e agosto de 2013, resultado 2,6% menor em relação ao mesmo período do ano passado. “Em receita, houve aumento de 7,4%, com US$5,8 bilhões”, informa a entidade.

Na avaliação mensal, a avicultura brasileira atingiu 350,6 mil toneladas exportadas em agosto, resultado 5,1% maior na comparação com o oitavo mês de 2012.  Esses embarques totalizaram US$ 690 milhões, dado 7,3% maior em relação a 2012. De acordo com Francisco Turra, presidente executivo da União Brasileira de Avicultura, embora 2013 não esteja sendo um ano de crise para a avicultura de corte, como foi 2012, ainda não se pode chegar à conclusão de que o ano seja de crescimento. “Persistem muitos fatores adversos, entre eles, os elevados custos industriais, de transporte e de alguns insumos, como o farelo de soja”, destaca Turra.

(A Hora do Ovo, com informações da assessoria de imprensa da Ubabef)

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