Guatapará recebeu a segunda dose da vacina contra laringotraqueíte

Guatapará recebeu a segunda dose da vacina contra laringotraqueíte

Vacinadas no início de agosto, aves das granjas de Guatapará (SP) entram em nova etapa de controle da doença; vacinas são da Ceva Saúde Animal.

Ovonews

setembro 11, 2013

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Mônika Bergamaschi, secretária da agricultura de São Paulo, no lançamento da fase dois de combate à laringotraqueíte

 

O tradicional núcleo de produção de ovos de Guatapará, na região de Ribeirão Preto (SP), entrou na segunda fase de vacinação para o controle da laringotraqueíte infecciosa (LTI), doença que afetou o plantel local e foi detectada em 2009. No início de agosto, a segunda etapa da vacinação teve início com a presença da secretária de Agricultura do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi, e Heinz Otto Hellwig, coordenador da Defesa Agropecuária de São Paulo.

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Vacinação nas granjas

Em seguida, técnicos da Defesa Agropecuária da região de Ribeirão Preto, à qual pertence Guatapará, estiveram no local dando prosseguimento à campanha cuja primeira etapa aconteceu em 2011.

A LTI, doença respiratória que atinge aves de postura e provoca queda de produtividade e morte, foi detectada em meados de 2009 no Núcleo Colonial Mombuca, comunidade de imigrantes japoneses que se dedicam à produção de ovos na região Nordeste do Estado de São Paulo. A doença apareceu pela primeira vez em Bastos (SP), no início da década de 2000, e foi controlada, também, graças ao trabalho de vacinação e amplo processo de biossegurança implantado nas granjas da maior produtora de ovos do Brasil, região localizada no Oeste Paulista. A região de Itanhandu, no Sul de Minas, outro importante núcleo de produção de ovos no país, também foi afetada pela LTI, em 2010. Essas três regiões estão em processo de controle da doença.

A veterinária Maria Carolina Teixeira Dal Farra (na foto com Choichi Saito, presidente da cooperativa de produtores de ovos de Guatapará) foi enviada pelo escritório da CDA, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária, núcleo de Ribeirão Preto, para acompanhar a vacinação da segunda etapa em Guatapará, no início de agosto. Em entrevista ao Jornal Diário Oficial do Estado de São Paulo, a médica explicou que a segunda etapa da vacinação em Guatapará conta com as vacinas tipo recombinante, fabricadas com pedaços do vírus, o que evita a disseminação da doença entre uma ave e outra e vai permitir futuramente a erradicação da LTI. De acordo com a reportagem da publicação oficial do Governo de São Paulo, “até o momento foram vacinadas 80 mil aves com a solução recombinante de um total previsto de mais de um milhão no Núcleo Mombuca.”

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Vacina produzida pela Ceva Saúde Animal

A vacina escolhida para a nova fase da campanha em Guatapará é produzida pela Ceva Saúde Animal. Segundo Luiz Sesti, gerente técnico internacional da empresa, "a Vectormune FP LT é uma vacina extremamente segura, que não induz a nenhum tipo de reação respiratória, além de não haver excreção do vírus vacinal no ambiente". Trata-se, segundo ele, de uma vacina vetorizada que utiliza o vírus da vacina da bouba aviária como vetor para a expressão de genes do vírus da LTI. "O vírus vacinal da bouba aviária (vetor) expressa antígenos-chave para a proteção contra o vírus da LTI. Os genes do vírus da LTI foram selecionados entre várias amostras com o objetivo de induzir o melhor nível de proteção contra os vírus de campo causadores da LTI", explica Sesti. A Vectormune FP LT possui ainda a conveniência da dose única, o que a torna muito prática.

 

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Moacir Oizumi, da Ceva: segurança com a vacina

Assim como as regiões de Itanhandu (MG) e Bastos (SP), a vacinação contra Laringotraqueite em Guatapará é controlada pelo governo e a opção pela vacina vetorizada deve-se a segurança do produto que não possui vírus vivo de LTI. Segundo o gerente comercial da área de poedeiras da Ceva, Moacir Oizumi, as vacinas vetorizadas estão sendo muito bem aceitas pelo mercado graças à grande segurança e ausência total de reação pós-vacinal respiratória. Contudo, Oizumi alerta para a importância da excelência no processo de aplicação, devido ao fato desses produtos não possuírem transmissão lateral. "Nossa equipe está à disposição para esclarecimento de dúvidas e treinamentos, pois com isso acreditamos que será possível obter o melhor resultado do produto, colaborando para o cumprimento dos objetivos do programa", conclui Moacir. 

 

A médica veterinária da CDA, Maria Carolina Teixeira Dal Farra recolhe periodicamente amostras de materiais (sangue e secreção) das aves vacinadas para analisar a evolução da campanha, em Guatapará. A LTI leva a problemas respiratórios nas aves, o que provoca tosse, secreção ocular e ferimentos na traqueia dos animais. A aplicação da vacina, explica Maria Carolina, é feita pelo proprietário ou funcionário da granja, devidamente capacitados para a operação. A inoculação é aplicada numa membrana embaixo da asa das galinhas por duas agulhas paralelas.

A vacina da Ceva utilizada na campanha de Guatapará está sob licença do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Maria Carolina diz que a eficácia do produto é de mais de 90%.

(A Hora do Ovo, com informações do Otávio Nunes - da Agência Imprensa Oficial - e assessoria de imprensa da Ceva Saúde Animal)

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