Os altos custos de alimentação das aves e matérias primas para o setor da avicultura na Venezuela estão empurrando avicultores para situações extremas. Mais da metade das granjas do país estão fechando porque não conseguem arcar com os custos de ração e medicamentos para manter as aves e a granja funcionando.

Segundo dados da Avitach, Associação de Avicultores do Estado Táchira, atualmente um saco de ração está custando acima de um milhão de bolívares e também não são encontrados medicamentos para o tratamento das aves. Rafael Moreno, presidente da Avitach, disse que os preços aumentaram absurdamente e não há remédio, o que está tornando a situação insustentável para os avicultores venezuelanos. Ele disse que muitos não podem mais sustentar uma granja avícola.

Moreno explicou que eles tiveram que ir à Colômbia procurar alimentos e medicamentos para continuar trabalhando, e isso a um preço muito alto.  “Se conseguíssemos baixar os preços, poderíamos produzir aves de capoeira a um custo mais baixo, mas neste momento é praticamente impossível que os preços caiam já que todos os ovos e galinhas que chegam na Venezuela são da Colômbia. São eles que colocam os preços.

Estima-se que mais da metade das granjas industriais de aves estejam totalmente paradas porque não podem arcar com os custos.

O presidente da Avitach ressaltou que ele não tem nenhum tipo de apoio dos órgãos oficiais.  “Nós nem temos permissão para transportar alimentos de um lado para o outro ou para as aves; é muito difícil obter licenças para o transporte de matérias primas ou ração", disse ele.

A situação político-econômica da Venezuela transformou um país exportador e auto-suficiente em avicultura, numa nação totalmente dependente das importações. Portanto, segundo a Avitach, o preço do frango e dos ovos na Venezuela certamente continuará aumentando.

O governo venezuelano, por sua vez, autorizou importações de frangos da Argentina com preços superinflacionados. Um negócio lucrativo para intermediários e um negócio ruim para o consumidor venezuelano, que paga a proteína animal mais econômica do mundo a preço de ouro.

(A Hora do Ovo com informações do site avicultura.com)