Programa vacinal: medida eficaz contra o tifo aviário
Neste artigo, Nelson Haga, gerente de Negócio Avicultura da Biocamp Laboratórios, aborda a importância de um programa vacinal bem-feito contra o tifo aviário.
O tifo aviário é uma das doenças que mais preocupam os produtores de ovos pela mortalidade de aves poedeiras em diversas idades e surtos recorrentes em várias épocas do ano.
Mas quais são as medidas que ajudam a prevenir essa doença devastadora, que pode levar à mortalidade de até 80% do plantel e representar grande perda econômica às empresas?
Medidas de biosseguridade rigorosas devem ser adotadas na granja, quando há a presença do tifo aviário no lote, para neutralizar as fontes de infecção e minimizar as perdas econômicas decorrentes da mortalidade das aves.
Só que esperar “chegar” a contaminação para combatê-la não é o mais indicado, ainda mais considerando que o inimigo se propaga com facilidade. E os antibióticos, que podem ajudar a diminuir a taxa de mortalidade, não são capazes de eliminar a bactéria do lote.
Uma vez contaminadas, as aves permanecem com a bactéria e o tifo aviário pode retornar a qualquer momento — geralmente em situações de estresse. Como nenhum produtor de ovos quer viver à sombra dessa possibilidade, é indicado um programa de vacinação adequado, aliado às medidas de biosseguridade.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO
O programa de vacinação é fundamental para garantir imunidade às aves e um estímulo potente contra o tifo aviário. Vacinas vivas atenuadas estimulam o sistema imune da ave a produzir células de defesa e anticorpos contra a bactéria Salmonella Gallinarum (SG).
O uso de vacinas vivas compostas da estirpe rugosa SG 9R é uma prática mundialmente utilizada dentro da avicultura para controlar a multiplicação bacteriana no organismo das aves. Assim, as aves não demonstram sinais clínicos relacionados à infecção e reduzem a disseminação da bactéria para o ambiente, seja pelas fezes ou por meio da carcaça de aves mortas.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO COM A VACINA DA BIOCAMP
A CampVac® SG9R é uma vacina fabricada nas instalações da Biocamp, que segue rígidos protocolos de qualidade para disponibilizar ao mercado um produto seguro e eficaz. Ela pode ser aplicada via intramuscular ou oral.
Nelson Haga, Gerente de Negócios da Biocamp, explica que, no campo, os programas de vacinação devem contemplar, no mínimo, duas doses na fase de recria das frangas. “A vacinação é indicada via água de bebida ou injetável para a proteção precoce. Isso significa que a primeira aplicação deve ser feita ao redor de 5 a 6 semanas”, orienta.
Depois, na segunda aplicação, é possível aproveitar o manuseio das aves para outros manejos para aplicação injetável intramuscular, preferencialmente, no peito. Ela deve ocorrer por volta de 12 a 15 semanas.
Já na fase de produção, revacinações podem ser necessárias principalmente em poedeiras vermelhas, animais mais suscetíveis ao tifo aviário. E, em poedeiras brancas, criadas em sistemas livres de gaiolas ou em sistemas automatizados em pisos verticais. “Nesses reforços, a vacinação oral, via água de bebida, é mais indicada por ser prática, fácil e eficaz”, afirma Nelson. Podem ser feitas em intervalos de 10 a 16 semanas.
O Gerente ainda explica que em uma granja que sofre de um surto de tifo aviário, em que não há isolamento adequado entre os lotes ou núcleos (grupo de galpões) vizinhos, é importante vacinar todas as aves da granja, mesmo que sejam as brancas e que não apresentem sintomas.
CUIDADOS PARA A VACINAÇÃO
Alguns cuidados devem ser adotados para aplicação das vacinas.
Inicialmente, as vacinas devem ser transportadas e conservadas sob refrigeração em uma temperatura de 2 a 8 graus Celsius e a aplicação deve estar alinhada às medidas de biosseguridade para que seja eficaz.
+ Vacinação intramuscular
Podem ser usadas seringas com êmbolo simples ou duplo.
O local de aplicação indicado é no músculo do peito ou coxa da ave. Cuidado na regulagem da seringa, para que cada ave receba 0,2 mL/dose da vacina SG9R.
+ Vacinação oral, via água de bebida
Devem ser usadas somente em água sem cloro. Por ser um potente bactericida, o cloro deve ser retirado pelo menos dois dias antes da vacinação — ou ser feito uso de inativadores de cloro antes da diluição da vacina.
As aves não podem fazer jejum hídrico, pois a vacina CampVac® SG9R é muito estável em temperatura ambiente. O ideal é fornecer volume de água para que o consumo seja feito entre 2 e 3 horas — no mínimo —, garantindo acesso e ingestão da água com a vacina pelas aves.
PROTEÇÃO COMPROVADA
Em testes de desafio com a cepa patogênica de Salmonella Gallinarum de aves vacinadas com a CampVac® SG9R, a equipe técnica da Biocamp demonstrou a proteção das aves poedeiras em idade de postura, fase mais importante no ciclo econômico.
No gráfico abaixo está demonstrada a proteção do programa de vacinação com a CampVac SG9R, aplicados às 5 e 12 semanas, pela via Injetável (IM)/Injetável (IM) ou Oral/Injetável (IM), em comparação ao controle não vacinado.
CampVac® SG9R estimula a imunidade celular e a produção de anticorpos circulantes, previne a mortalidade causada pelo tifo aviário, reduz a intensidade e a duração das manifestações clínicas, mantém a produção de ovos e preserva o sistema reprodutor das poedeiras comerciais.
Para manter sua granja longe do tifo aviário, contacte os profissionais da Biocamp para a elaboração do programa vacinal mais adequado aos desafios da sua produção.
BIOCAMP
biocamp.com.br
(Foto da ave no destaque: Freepik)
NELSON HAGA Autor
Gerente de Negócios Avicultura Biocamp Laboratórios
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