O que fazer com as poedeiras em final do ciclo? De que maneira pensar na granja fora da granja?

O que fazer com as poedeiras em final do ciclo? De que maneira pensar na granja fora da granja?

Uma reflexão embasada na realidade das granjas de poedeiras é o conteúdo deste artigo de Diogo T. Ito, nutricionista Global Poedeiras da Hendrix Genetics Ltda.

Com a palavra

setembro 16, 2023

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MAIS CONSUMO DE OVOS, MAIS POEDEIRAS

O ovo está cada vez mais presente nas dietas da população brasileira, 365 dias no ano representam no mínimo 365 oportunidades para termos os ovos em nossas mesas.

Diversos fatores contribuem para o aumento do consumo de ovos:

1. Constância de consumo.

2. A importância da realização de atividades físicas atrelada a dietas balanceadas.

3. Divulgação dos benefícios do ovo na alimentação diária.

Além disso, continuam os esforços para aumentar a participação do Brasil no mercado internacional de ovos.

As poedeiras foram domesticadas há séculos para serem fonte de alimento para a humanidade, pois:

1. Conseguem produzir um alimento de altíssimo valor biológico a partir de uma alimentação “simples”.

2. Os ovos podem ser armazenados sem refrigeração.

3. Produzem um alimento que ganha outras finalidades, além da alimentação (como medicina, artes).

4. Ocupam menos espaço do que outras criações.

5. São deslocadas junto com as civilizações, sendo manejadas facilmente.

6. Produzem ovos com frequência.

7. Podem não ser submetidas ao sacrifício para serem transformados em alimento.

8. Podem ser transformadas em carne quando houver necessidade.

9. Não estão associadas às restrições de origem religiosa.

10. Têm o esterco como importante fonte de nutrientes para a agricultura de subsistência.

11. São utilizadas no controle de pragas (como baratas, escorpiões e aranhas).

12. Os galpões podem ser construídos em áreas sem vocação para a agricultura.

Potencializar o aproveitamento delas não somente dentro das granjas, mas também fora delas, aumenta a quantidade de pessoas beneficiadas por esses animais tão nobres.

Existem três caminhos possíveis para atender à demanda crescente de consumo de ovos:

1. Aumentar a quantidade de poedeiras (aumentando o tamanho dos lotes e de galpões).

2. Aumentar a produtividade dos lotes (através do melhoramento genético sustentado pela nutrição, sanidade, ambiência e manejo).

3. Reduzir perdas e desperdícios (reduzindo mortalidade e a quantidade de ovos de segunda qualidade).

Por outro lado, a decisão de finalização do ciclo produtivo de um lote pode estar associada à:

1. Necessidade de liberação do galpão para o alojamento de um novo lote de frangas.

2. Redução de rentabilidade nos custos diários de produção (Tabela 1).

3. Problemas de desempenho do lote (como queda de produção, necessidade recorrente de medicação, baixa qualidade dos ovos, alta mortalidade diária). Podendo gerar alterações na programação e fluxo de entradas e saídas de lotes.   

TABELA-1 (2) 

Cada caminho a ser adotado tem maior ou menor participação de cada um dos elos desta cadeia.

No caso do Brasil, para uma população de quase 205 milhões de habitantes (Censo IBGE 2023), cada 1 Ovo a mais no consumo per capita significa um aumento na demanda diária em torno de 560 mil ovos e isso demandaria em torno de 700 mil poedeiras a mais em produção (considerando uma produtividade média dos lotes de 80%, entre produção e aproveitamento de ovos). Em algum momento do ciclo produtivo, essas aves precisarão ser vendidas para que um novo lote de frangas possa ser alojado.

Além disso, há 20 anos era comum finalizarmos o ciclo produtivo de um lote em torno de 70-75 semanas de idade; hoje, é possível mantermos os lotes até 90-100 semanas de idade sem a necessidade de realizar muda forçada. O aumento da produtividade dos lotes permitiu aos produtores reduzirem a quantidade de lotes de 17-18 para 11-12 lotes (para um galpão de produção com 20 anos de vida útil), ou seja, uma redução de quase 1/3 na necessidade de alojamento de frangas para otimizar a ocupação de um galpão de produção.

A maior persistência de postura e redução na mortalidade têm resultado em lotes produzindo 500 ovos ou mais às 100 semanas de idade, fora e dentro do Brasil, favorecendo a taxa de ocupação dos galpões de produção. Lotes improdutivos geram maior ociosidade dos galpões de produção porque acabam sendo vendidos mais precocemente e é necessário esperar a chegada do novo lote de frangas. Portanto, lotes mais produtivos reduzem a necessidade de renovação dos lotes

TABELA-2 (1)


A decisão do momento da venda das galinhas em final de ciclo produtivo baseia-se no equilíbrio entre custos de produção, conversão alimentar e qualidade dos ovos, mas sofre influência da disponibilidade/necessidade de ovos no mercado e da disponibilidade de lotes de frangas para reposição. Até o presente momento, a destinação dessas aves tem sido a alimentação humana e a alimentação animal.

Para atendermos a essa cadeia de demanda, precisamos ajustar a cadeia de suprimentos e para isso trataremos das implicações e necessidades relacionadas à venda de galinhas em final de ciclo produtivo como parte de um contexto que envolve a cadeia produtiva de ovos.

OS BENEFÍCIOS DE UMA PROGRAMAÇÃO DE LOTES ORGANIZADA

A retirada programada e rápida das galinhas ao final do ciclo produtivo é importante por diversos motivos:

1. Permitir a implantação de medidas de Biosseguridade através da limpeza e preparo adequado dos galpões para o lote seguinte. Retirada da ração e dejetos, manutenção dos equipamentos (estrutura do galpão e das gaiolas, alimentação, bebedouros, elétrica, eletrônica, mecânica, sistemas de climatização, iluminação, retirada de dejetos), lavagem, limpeza e secagem das estruturas, controle de ectoparasitas e outros insetos e pragas, desinfecção e vazio sanitário.

2. Permitir período de adaptação das frangas ao galpão de produção. É importante que as aves sejam levadas ao galpão de produção antes do início da postura para que haja um tempo de adaptação e as aves consigam encontrar o bebedouro, comedouro e restabelecer a hierarquia social. Isso melhora o desempenho das aves no início da postura (aumenta o peso inicial dos ovos, melhora consumo de ração e de água, menos perda de desempenho no pico de postura, menos mortalidade).

3. Evitar um “efeito dominó”, quando há atraso na liberação do galpão de produção, o novo lote de frangas fica esperando no galpão de recria, o lote que está no pinteiro fica aguardando a recria ser liberada. Ao final, o alojamento dos lotes seguintes pode necessitar reajustes de datas de alojamento e isso acaba gerando pontos de atrito ao longo da cadeia.

4. Lotes mais produtivos reduzem a necessidade de novos lotes. Lotes improdutivos e que foram vendidos antes da idade programada geram ociosidade nos galpões de produção.

5. Equilíbrio entre custos de produção, bem-estar animal e impactos ambientais. Manter as aves por períodos mais prolongados reduz a necessidade de renovação dos lotes e quanto pior a produtividade dos lotes, mais ração é necessária para a produção de 1 caixa de ovos.

AS PERDAS ECONÔMICAS DO ATRASO DE TRANSFERÊNCIA DE LOTES PARA A PRODUÇÃO

Entende-se como atraso de transferência quando o lote de frangas já está produzindo ovos no galpão de recria ou quando a ave transferida inicia a postura em menos de 7 dias após a chegada no galpão de produção.

O atraso na transferência e/ou do início da postura pode gerar uma perda de 5 a 15 ovos por ave alojada antes mesmo das 30 semanas de idade. E essas perdas podem ser maiores e irrecuperáveis quando surgem problemas sanitários, nutricionais ou de manejo ao longo do ciclo produtivo.

A transferência de poedeiras que já estejam produzindo demanda um maior cuidado para minimizarmos diferentes tipos de problemas possíveis:

1. Maior tempo de resposta do lote em virtude do maior tempo de adaptação ao novo galpão.

2. Perdas de aves associadas à mortalidade causada por rompimento de gema na cavidade abdominal e possível necessidade de medicação das aves para reduzir essa mortalidade.

3. Perda de ovos por ave alojada em virtude de programas de iluminação mais brandos e maior tempo de adaptação das aves para evitar a mortalidade de aves na subida de pico de postura.

4. Necessidade de ajustes no programa de luz da recria para atrasar o início da postura.

5. Necessidade de ajustes no programa nutricional para evitar a descalcificação precoce das aves.

6. Necessidade de ajustes no programa vacinal para lotes recém transferidos.

7. Perda (parcial ou total) dos ovos que são produzidos nas gaiolas de recria.

Quanto mais deficiente/limitado for o controle sanitário na fase de cria e recria e na produção, maior os riscos do lote apresentar problemas sanitários e nutricionais ao longo do ciclo produtivo. Essas perdas podem ser agudas ou crônicas, e podem ou não demandar o uso de medicação nos lotes.

Essas perdas prejudicam a rentabilidade dos lotes em 4 frentes:

1. Redução da produção, reduzindo Ovos Ave Alojada e piorando a Conversão Alimentar.

2. Redução na qualidade dos ovos e aumentando o risco de reclamação dos clientes.

3. Perda de aves e aumentando a ociosidade da estrutura e mão de obra.

4. Gastos com medicação e restrições de uso dos ovos.

 A IMPORTÂNCIA DAS UNIDADES DE PROCESSAMENTO DE AVES PARA AS GRANJAS

Quando pensamos no aproveitamento das poedeiras em final de ciclo produtivo, têm sido considerados os seguintes aspectos:

1. As dimensões continentais do Brasil e a distância entre os diversos polos produtores de ovos. Transitar com as poedeiras cruzando os limites estaduais representa risco sanitário e aumenta a possibilidade de perdas de aves durante o transporte.

2. Em tempos de excedente de ovos, o abate das aves auxilia na regulação de oferta de ovos e reduz a necessidade de adoção de muda forçada (quando permitido) como método de redução de oferta de ovos.

3. O cancelamento de alojamento de novos lotes reduz a disponibilidade de ovos 5-6 meses à frente e não no mês em que se faz necessário o ajuste de oferta de ovos.

4. Quanto maior o tamanho do lote, mais tempo necessário para esvaziamento do galpão. Ideal que não ultrapasse 1 semana.

5. Quanto maior a capacidade de abate, mais rapidamente o galpão poderá ser esvaziado e permitirá mais tempo de limpeza, manutenção, desinfecção e vazio sanitário dos galpões, favorecendo a condição sanitária do galpão para o lote seguinte.

6. Apesar da presença de aspectos culturais, a venda de aves vivas representa maior risco sanitário para os plantéis avícolas.

7. Quanto mais prolongado for o tempo necessário para esvaziamento do galpão, maior será o estresse para as aves remanescentes e isso pode gerar problemas de produtividade e de qualidade dos ovos.

8. A monitoria da condição corporal das aves após o abate (por exemplo conformação de carcaça, deposição de gordura corporal, desenvolvimento de órgãos internos, empenamento, peso corporal) pode gerar informação importante sobre a condição geral do lote e auxiliar quanto à adoção de medidas que sejam úteis para as poedeiras que ainda estiverem nas granjas.

9. A demanda por carne de galinha decresce à medida que aumenta a quantidade de pontos de venda de carne de frango e quando é possível fazer a escolha de compra considerando-se o poder aquisitivo.

10. A demanda por carne de galinha decresce à medida que as pessoas que têm preferência por esse tipo de carne não transmitem para as novas gerações essas preferências.

11. A demanda por carne de galinha aumenta quando há demonstração do diferencial (sabor, textura) dessa carne em relação à carne de frango.

12. Respeitar as normas de bem-estar animal no momento do sacrifício das aves.

ABATEDOUROS OU UNIDADES PROCESSADORAS DE GALINHAS DE DESCARTE?

Após o abate das poedeiras, quais caminhos são possíveis com o produto que temos em mãos?

Existem mercados consumidores nos quais a carne de galinha é valorizada ao ponto de o preço de venda da galinha ser superior ao preço de aquisição de uma pintainha ou de uma franga recriada.

O ambiente solicitado não necessariamente é o que favorece a valorização da ave de descarte, mas, sim, que permite mais agilidade no abate dessas aves e, na medida do possível, possa gerar uma renda adicional ou, no mínimo, não represente uma causa de prejuízo ao produtor.

Um dos caminhos possíveis para aumento da capacidade de abate é o desenvolvimento de produtos que aumentem a rentabilidade desse elo da cadeia. Questões relacionadas ao bem-estar animal, sustentabilidade e impactos econômicos também fazem parte dos motivadores dessa troca de ideias:

1. Alimento minimamente processado e “competindo” com frangos de corte, mas que em geral é aceito por suas particularidades de consistência/sabor/aparência e preço.

2. Produção de embutidos e correlatos, onde a maior dureza da carne in natura deixa de ser um limitante de preferência do consumidor.

3. Produção de subprodutos para uso em alimentação animal (evitando-se o uso destes subprodutos na alimentação de poedeiras para não caracterizar “canibalismo”).

4. Ser incorporado a outros dejetos e ser transformado em adubo.

Algumas características que auxiliam no atendimento de novos mercados:

1. Produtos que não demandem cadeia de frio para serem transportados e/ou armazenados.

2. Produtos que permitam fracionamento e também embalagens maiores.

3. Produtos que possuam estabilidade físico-química e que apresentem segurança alimentar.

DESENVOLVER PRODUTOS E PARCERIAS QUE AUMENTEM A VIABILIDADE DESSE ELO

Que outros caminhos podem ser pensados? Quais demandas estão latentes? Quais demandas podem ser criadas? O que pode seguir a linha dos produtos disruptivos? O que pode gerar interesse por novos investidores? O que ajuda a aumentar o portfólio? O que ajuda a tornar a marca mais conhecida pelo consumidor?

1. Desenvolver novos alimentos que auxiliem a reduzir casos de subnutrição e a insegurança alimentar humana.

2. Desenvolver novos produtos para alimentação humana (pratos prontos ou semiprontos, snacks).

3. Desenvolver produtos (além da ração) voltados para os companhia (cães e gatos), como os petiscos.

4. Desenvolver produtos que possam ser utilizados para alimentação de animais silvestres criados em cativeiro.

5. Extração/Purificação de substâncias de utilidade pela indústria química ou farmacêutica.

6. A gordura animal para constituição de biodiesel.

7. Produtos/partes específicas da ave que sejam valorizados por mercados importadores.

O desenvolvimento de novos produtos envolve ideias, tentativas, erros, aprendizados. Um produto que agrade ao consumidor é a base; atendendo suas necessidades, superando expectativas e aumentando o relacionamento com a marca e/ou setor/produto.

No começo a capacidade de aprendizagem é primordial para evolução do produto, tipo, apresentação, posicionamento, benefícios do uso, precificação e faz parte desse processo. Depois de criado o produto, pode-se pensar em aumento de escala e a criação de derivados/variações desse produto-base. Os estudos de mercado consumidor são importantes para que a abordagem dos consumidores seja a mais assertiva possível.

A contribuição dos produtores de ovos é primordial nessa fase de desenvolvimento e parcerias podem gerar frutos lucrativos para ambas as partes, por isso a realização de parcerias/cooperativas pode ser benéfica e menos desgastante do que iniciativas individuais. O imediatismo é inimigo dessas iniciativas. Estar disposto a essa nova atividade não pode desvirtuar a função/atenção principal da granja e de seus donos/gerentes. As novas gerações têm papel importante na identificação e entendimento desses novos mercados.

A todo momento temos experimentos sendo conduzidos nos centros de pesquisa (Faculdades e Institutos de Medicina Veterinária, Zootecnia e Agronomia) e as poedeiras utilizadas nesses experimentos poderiam ser usadas para esses estudos em menor escala. Os conhecimentos de Biologia, Engenharia de Alimentos, Física, Química, Farmácia, Medicina, Nutrição podem ser úteis nesse desenvolvimento conjunto.

O conhecimento das características de cada uma das partes da poedeira do ponto de vista bromatológico, físico-químico, sensorial nos ajudam a elaborar as possibilidades de desenvolvimento de novos produtos:

- Quais nutrientes/ingredientes/partes podem ser aproveitados na forma pura? E qual a valorização por parte do mercado?

- Quais necessitam algum tipo de processamento? E quais tecnologias podem nos ajudar?

- Quais necessitam terem outros ingredientes incorporados? E quais as parcerias disponíveis?

- Em quais preparos/produtos esses ingredientes/nutrientes podem ser incorporados? E quais produtos podem ser desenvolvidos?

Além disso:

- Quais empresas podem ser parceiras? Fornecimento, processamento, distribuição, divulgação, comercialização.

- Os produtos estão sendo desenvolvidos para atender a um mercado que já existe ou para atender algum que está aguardando um produto que atenda às suas necessidades?

- Criar setores nas empresas ou “pool” de granjas para pensar em “novos negócios”?

- Como aproveitar as novas tecnologias (produção, logística, vendas, on-line/off-line) nessa empreitada?

- De que maneira estamos contribuindo para melhor utilização dos recursos naturais e quais necessidades da humanidade estamos atendendo?

CONSIDERAÇÕES PARA SEGUIRMOS ADIANTE

O programa de melhoramento genético da Hendrix Genetics continua contribuindo com poedeiras capazes de produzir com qualidade sob as diferentes condições associadas a diferentes tipos de nutrição, instalação, sistema de criação, biosseguridade, clima, manejo e disponibilidade de mão de obra.

Quando esperamos demais as condições perfeitas para agir podemos ser forçados a agir sob condições desfavoráveis. Afinal, o que buscamos com essa abertura a novas ideias, desenvolvimento e implantação é:

- Evitar que perdas produtivas ocorram em virtude do descompasso entre a saída de lotes mais velhos e a chegada de lotes mais novos;

- Reduzir riscos sanitários e manter a segurança alimentar dos ovos e biosseguridade de nossos plantéis.

- Reduzir os impactos ambientais relacionados à produção de ovos e aumentar a importância do setor no ambiente ESG (práticas ambientais, sociais e de governança corporativa e de investimentos que se preocupam com critérios de sustentabilidade).

- Criar novas fontes de renda aos produtores através de novos produtos.

- Estimular o desenvolvimento de novos elos na cadeia produtiva, gerando conhecimento e empregos.

- Possibilitar novas linhas de pesquisa nas Universidades e novas fontes de recursos para a pesquisa.


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LITERATURA DE REFERÊNCIA:
FAN and WU, In: Bioresources and Bioprocessing, https://doi.org/10.1186/s40643-022-00529-z
C.J. CONTRERAS-CASTILLO; M.A. TRINDADE; P.E. DE FELÍCIO, Acta Alimentaria, Vol. 37 (2), pp. 283–291 (2008) DOI: 10.1556/AAlim.37.2008.2.13
Comparison of Quality and Sensory Characteristics of Spent Hen and Broiler in South Korea, https://www.mdpi.com/2076-2615/11/9/2565
B. K. Sarkar, S. Upadhyay, P. Gogoi, S. Choudhury and D. Deuri, Utilization of Spent Hen in Food Industry- A Review, International Journal of Current Microbiology and Applied Sciences ISSN: 2319-7706 Volume 9 Number 7 (2020)   Journal homepage: http://www.ijcmas.com
Need a new idea? Start at the edge of what is known: https://www.youtube.com/watch?v=DGvPfD1Dd1U
The art of innovation | TEDxBerkeley: https://www.youtube.com/watch?v=Mtjatz9r-Vc
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Diogo Tsuyoshi Ito Autor

Nutricionista Global Poedeiras – Hendrix Genetics Ltda.

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