Nova fonte de ômega 3 DHA pode ser a chave para enriquecimento de ovos de forma saudável e acessível

Nova fonte de ômega 3 DHA pode ser a chave para enriquecimento de ovos de forma saudável e acessível

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo diário de 200 mg a 500 mg de ômega 3 de cadeia longa: EPA e DHA. Produzido no Brasil, AlgaPrime DHA é uma fonte sustentável e acessível de ômega-3 de cadeia longa.

Com a palavra

julho 31, 2019

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O brasileiro tem buscado entender mais sobre o que significa uma alimentação saudável e como se alimentar melhor. Isso não significa que há um movimento geral do consumo em direção a uma alimentação mais restritiva – sem gordura, sem glúten, sem lactose e com poucas calorias, mas sim uma dieta mais equilibrada.  Segundo a agência de pesquisas Euromonitor Internacional (2017), o mercado de alimentação saudável no Brasil deve crescer, em média, 4,41% anualmente até o ano de 2021, posicionando o Brasil na 5ª posição do ranking dos países mais importantes para o setor.  Um exemplo disso é o consumo de ovos.

Em 2018, o Brasil atingiu um marco histórico: segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), cada brasileiro ingere, em média, 212 ovos durante o ano, o que representa 20 ovos a mais do que a média do ano anterior. Uma das razões que explicam o aumento do consumo são os recentes estudos que derrubaram a imagem do ovo como alimento prejudicial à saúde. As pesquisas mostram que, além de versátil na hora de cozinhar e de custo acessível para o consumidor, o perfil nutricional do ovo pode ser extremamente benéfico para a saúde, principalmente quando enriquecido com ômega-3.

Os ácidos graxos de cadeia longa - especificamente o ácido docosahexaenóico (DHA) e o ácido eicosapentaenóico (EPA), conhecidos como ácidos graxos ômega-3, são críticos para a saúde humana. O ômega-3 desempenha funções metabólicas importantes, promovendo adequada formação neonatal, desenvolvimento das funções cognitivas, sistema imunológico e saúde cardiovascular em adultos e crianças. Baseada nisso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda consumir duas porções de peixe por semana, o que fornece de 200 mg a 500 mg de ômega 3 por dia. No entanto, é importante enfatizar que a OMS recomenda o consumo de alimentos que contenham ômega 3 de cadeia longa, que nem sempre estão presentes nos alimentos vendidos nas prateleiras.

Os alimentos vendidos no Brasil que declaram conter ômega-3 incluem, em sua maioria, o ácido alfa-linolênico (ALA) - um ômega 3 de cadeia curta - em vez de EPA e DHA, os dois tipos recomendados pela OMS. A razão disso é principalmente porque o ALA tem um custo menor para o fabricante. De fato, uma vez ingerido, o ALA pode ser convertido em EPA e DHA, através da ação de enzimas específicas presentes em nosso corpo. No entanto, essa conversão é altamente ineficiente e limitada, já que essas mesmas enzimas também são usadas pelo nosso corpo para exercer outras funções metabólicas.

GRAFICO-CORBION
Gráfico - Nível garantido de DHA/ovo in natura, em função do níveis de AlgaPrime DHA na ração de galinhas poedeiras leves. Efeito da suplementação de farinha da microalga Schizochytrium na ração de galinhas poedeiras sobre o enriquecimento de ovos com ácidos graxos ômega 3 (2018: Oliveira, Silva, Pastore, Oliveira, Azevedo, Bazan, Machado)


RECOMENDAÇÃO DE INGESTÃO DIÁRIA DE ÔMEGA-3 E COMO ALCANÇÁ-LA

A Sociedade Brasileira de Nutrologia recomenda ingerir pelo menos 200 mg por dia de DHA,, mas muitas vezes não conseguimos atingir esse nível por meio de nossa dieta. O ovo, tão presente no cotidiano do brasileiro, pode ser a chave para fechar esta conta.

Um estudo recente conduzido pela Corbion no Brasil mostrou os resultados da inclusão do AlgaPrime™ DHA na ração de galinhas poedeiras para a produção de ovos enriquecidos com ômega-3. O ingrediente da Corbion é uma fonte rica em DHA, mas no caso de outras fontes de ômega 3 que sejam fonte de EPA, o sistema metabólico das aves imediatamente converte esse EPA em DHA durante o processo metabólico dos ácidos graxos.

A pesquisa visou encontrar respostas sobre como tornar os ácidos graxos ômega 3 mais acessíveis à dieta de um maior número de pessoas, buscando determinar o nível de inclusão necessária do produto na ração que garantisse a produção de ovos com alto teor de ômega 3 segundo a RDC nº 54 da Anvisa, que estabelece o nível de 80 mg de EPA + DHA por ovo.

O estudo revelou que após apenas 7 dias de inclusão do produto na ração de poedeiras, já se atingiu os níveis de ômega 3 por ovo previsto na norma da Anvisa. Além disso, ao aumentar o nível de AlgaPrime DHA na ração, é possível garantir o nível diário recomendado de 200 mg DHA em apenas 1 ovo. Isso significa que podemos obter algo tão importante para nossa saúde através de um alimento versátil e a custo acessível, como o ovo.

Sim, os ovos são saudáveis e podem ser ainda mais.

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Thalles Pessolato de Oliveira Autor

Gerente senior de business development para a América Latina da Corbion

tag: Corbion , Ômega 3 , ômega 3 DHA ,

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