A biosseguridade e a importância do médico veterinário na granja
Neste artigo, de 2018, Adriano Correa de Jesus, Gilberto Marcos Junior e Nielton Cezar Ton, do Espírito Santo, avaliam o nível de conhecimento do avicultor de subsistência, demonstram a importância do médico veterinário na granja e destacam a força da biosseguridade no plantel.
O artigo a seguir é fruto do TCC de Adriano Correa de Jesus, acadêmico do Curso de Medicina Veterinária da UNESC, de Colatina (ES), e vem assinado, também, pelos profissionais Nielton Cezar Ton, médico veterinário consultor da QualyPrev – Consultoria, e Gilberto Marcos Junior, médico veterinário, consultor da QualyPrev – Consultoria e docente do curso de medicina veterinária da UNESC – Colatina – ES (fotos abaixo).
Nível de conhecimento dos avicultores de subsistência sobre biosseguridade e a importância do médico veterinário na produção de alimentos
Este trabalho teve como objetivo pesquisar o conhecimento que os produtores rurais que criam galinhas para subsistência detêm sobre biosseguridade, medidas adequadas de manejo sanitário das aves que criam e o papel do médico veterinário nesse processo.
Para isso, foi realizada uma pesquisa de campo no município de São Roque do Canaã, no Espírito Santo, por meio de entrevistas com 13 avicultores de subsistência que foram escolhidos aleatoriamente.
Com relação ao aparecimento de doenças, 9 (69%) negaram que tenha ocorrido, e 4 (31%) relataram ter ocorrido em algum momento.
A vermifugação do plantel é feita por 8 (62%) dos avicultores, enquanto 5 (38%) não realizam.
Os produtores relataram nunca ter recebido assistência veterinária, e sua principal fonte de informação são os vendedores de lojas agropecuárias. Apenas 3 (23%) dos avicultores consideram importante receber assistência veterinária na criação de galinhas de subsistência, enquanto 10 (77%) não acham necessário.
Concluiu-se que os produtores desconhecem as medidas de biosseguridade e medidas adequadas de manejo sanitário das aves, bem como desconhecem a importância do médico veterinário no processo de produção.
Esse desconhecimento por parte dos avicultores pode colocar em risco a cadeia produtiva da avicultura e a saúde humana, uma vez que estas aves criadas para subsistência podem exercer um importante papel como agentes reservatórios e transmissores de doenças para outros animais inclusive o homem.
INTRODUÇÃO
A avicultura é uma das atividades mais importantes do agronegócio brasileiro, e passou por um grande avanço nos últimos anos devido a adoção de novas tecnologias. Contudo, esse desenvolvimento trouxe consigo a aparecimento de doenças, o que tornou cada vez mais necessário a atuação do médico veterinário e o conhecimento sobre a biosseguridade.
Na zona rural é comum que se encontre produtores que criam galinhas para a subsistência, processo também chamado de criação de galinhas de fundo de quintal (GFQ). Essas aves estão sujeitas a uma série de doenças, dessa forma é importante se conhecer o nível de conhecimento desses produtores a respeito de biosseguridade e sobre a atuação do médico veterinário na produção de alimentos de origem animal. O presente trabalho tem como objetivo pesquisar os conhecimentos que os produtores rurais que criam galinhas para subsistência detêm sobre biosseguridade, medidas adequadas de manejo sanitário das aves que criam e o papel do médico veterinário nesse processo.
Para a elaboração do capítulo de revisão de literatura, foi realizada uma pesquisa bibliográfica para aprofundar o conhecimento sobre o tema. Para a coleta dos dados da parte prática do estudo, foi realizada uma pesquisa de campo por meio de entrevistas, com 13 produtores rurais do município de São Roque do Canaã, situado na região noroeste do estado do Espírito Santo.
Essa pesquisa contribui por oferecer informações capazes de orientar médicos veterinários e profissionais da área da vigilância sanitária sobre a necessidade de intensificar a assistência técnica para esse grupo de produtores, podendo essa assistência ser de origem pública ou privada.
REVISÃO DE LITERATURA
Segundo Albino e Tavernari (2008, p. 11) “a domesticação das aves é mencionada na Antiguidade, 3.246 anos a.C., por Creus, rei da Lídia, o qual tinha grande interesse por briga de galos”. De acordo com a F.A.O - Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação apud Revolledo e Ferreira (2009), o consumo de produtos avícolas aumentou 10,7 milhões de toneladas entre 1995 e 2000, chegando a 65,6 milhões de toneladas por ano.
O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango, chegando a exportar para 155 países, totalizando anualmente 3,9 milhões de toneladas, e com uma crescente demanda devido, principalmente, ao aumento da população mundial, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (2014). Albino e Tavernari (2008) relatam que segundo estudiosos a avicultura no Brasil teve início por volta de 1932, sendo as primeiras aves trazidas pelos portugueses, e entre 1930 e 1960 a atividade passou a ser comercial.
De acordo com Albino e Tavernari (2008, p. 9) “a avicultura brasileira é exemplo de atividade agrícola e de cadeia produtiva de sucesso, sendo o setor que mais tem se destacado no campo da produção animal”. Segundo Salle e Moraes (2008) o principal responsável pelo desenvolvimento da avicultura, fazendo com que atinja altos índices, é adoção continuada de novas tecnologias. Albino e Tavernari (2008) explicam que esse processo evolutivo teve início após a Segunda Guerra Mundial, onde houve um maior investimento em pesquisas nas áreas de nutrição, sanidade, genética dentre outras áreas de interesse do setor produtivo.
Segundo a AVES - Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (2017) pode-se dizer que a avicultura é essencial para o desenvolvimento e reestruturação do agronegócio capixaba, uma vez que não apenas gera trabalho e renda no interior, mas também fomenta outros setores da economia rural como a indústria de embalagens e a horticultura. Segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2006) o município de São Roque do Canaã, que está localizado na região noroeste do Espírito Santo, possui aproximadamente 11 mil galinhas distribuídas em 252 estabelecimentos agropecuários, dos quais 187 produziram ovos e 67 comercializaram sua produção, que chegou a 11 mil dúzias ao ano, das quais 3 mil foram comercializadas.
Com todo o avanço na cadeia produtiva e com o consequente aumento dos sistemas intensivos com alta densidade populacional, se torna extremamente relevante a preocupação com a saúde das aves em todo o sistema produtivo. Dessa forma, entra em cena o conceito de biosseguridade, que se trata de uma série de medidas defensivas e higiênicas usadas como profilaxia, para evitar a entrada e proliferação de agentes patogênicos no ambiente avícola, conforme descrevem Bordin et al., (2005). Inoue e Castro (2009) descrevem biosseguridade como o estabelecimento de um nível de segurança para os seres vivos por meio da minimização da ocorrência de doenças agudas ou crônicas em uma determina da população.
Para que se tenha um alto padrão de qualidade, de forma a atender as demandas dos consumidores e atingir novos mercados, as empresas avícolas brasileiras investem em métodos de controle de qualidade. Dessa forma, ocorre o crescente uso das barreiras sanitárias como forma de proteger os plantéis, conforme relatam Salle e Moraes (2009). Segundo Gimeno (2009, p. 2), “o impacto do risco das doenças emergentes de grande difusão, como doença de Newcastle ou influenza aviária, representa um perigo permanente em qualquer lugar do mundo.”
A biosseguridade tem nove componentes técnicos principais que se correlacionam, sendo eles: isolamento; controle de tráfego; higienização; quarentena, medicação e vacinação; monitoramento, registro e comunicação de resultados; erradicação de doenças; auditorias e atualização; educação continuada; e plano de contingência, conforme descrito por Mendes et al. apud Bordin et al. (2005).
Segundo Salle e Moraes (2009) a observação diária do plantel tem extrema importância para notar a alteração no comportamento dos animais, como redução do consumo de água e alimentos, de forma a identificar se essas alterações são decorrentes de processos patológicos ou em virtude de manejos incorretos, como falha na debicagem, excesso de frio ou calor e falhas nos equipamentos. Como apontado por Albino e Tavernari (2008, p. 61), “o comportamento diferenciado das aves é um dos sintomas de doenças facilmente identificados no plantel, e um dos primeiros sinais é a redução do consumo de alimento e água.”, Os avanços nos setores tecnológicos e no melhoramento genético foram fundamentais para o desenvolvimento da produção avícola. No entanto esses avanços trouxeram consigo o aparecimento de muitas doenças, que por sua vez impactam negativamente na produção acarretando grandes perdas econômicas, como explica Gimeno (2009).
Segundo Albino e Tavernari (2008) as principais doenças encontradas nas granjas avícolas são: doença de Marek, doença de Gumboro, doença de Newcastle, bouba aviária, bronquite infecciosa, salmonelose, pulorose, tifo aviário, infecções paratíficas, coriza infecciosa e aspargilose, além de endoparasitoses. Os impactos econômicos associados a doença de Marek estão ligados aos custos com a vacinação, à mortalidade das aves, à condenação de carcaças e redução na produção de ovos, conforme mencionado por Landman e Verschurem (2003) apud Rocha et al. (2014). Doença de Gumboro também conhecida como doença infecciosa da bursa, trata-se de uma doença imunodepressora altamente contagiosa, responsável por altos impactos econômicos. As aves que sobrevivem à esta enfermidade tornam-se imunodeprimidas, passando a ser suscetíveis a outras doenças e refratárias às vacinações, de acordo com Malik et al. (2006) apud Rocha et al. (2014).
Segundo Fonseca (2007) a doença de Newcastle é considerada uma das infecções virais mais contagiosas entre aves. Sua importância econômica é alta e está relacionada com os altos índices de mortalidade e uma acentuada baixa nos índices produtivos. Trata-se de uma doença infecciosa de notificação imediata segundo a
O.I.E – Organização Mundial de Saúde Animal. A influenza aviária é uma doença infectocontagiosa, causada por vírus, que acomete os sistemas respiratório, digestivo e nervoso das aves. Pode apresentar-se subclínica ou ter altos índices de mortalidade. Além das perdas econômicas diretas, com a mortalidade, a doença pode prejudicar o comércio de exportação, uma vez que os países importadores podem impor barreiras sanitárias, conforme explica Semprebon Jr (2015). De acordo com Moço (2008, p. 4) a Bouba “é uma enfermidade muito comum nas aves podendo estressá-la, e ser uma porta de entrada de infecções secundarias. Por ser uma doença viral sem tratamento as medidas de biosseguridade são imprescindíveis para possível prevenção e controle da doença”.
Como explica Fernandes e Furlaneto (2004, p. 140) “o ambiente de trabalho em aviários tem sido motivo de discussões no que se refere à ocorrência de riscos biológicos. [...] A saúde do homem pode ser alterada pelo contato com os animais, podendo compartilhar doenças infecciosas”. De acordo com Miller (1981) apud Fernandes e Furlaneto (2004), a forma em que as doenças podem ser transmitidas entre homens e animais podem ser divididas em quatro grupos, sendo eles as zoonoses, zooantroponoses, antropozoonoses, e as enfermidades transmitidas dos animais ao homem através do meio ambiente.
Com o aumento da demanda por alimentos, foi preciso intensificar a produção com aumento dos rebanhos e da densidade populacional do mesmo, esse processo foi um fator primordial para aumentar os riscos de exposição às zoonoses, conforme relata Guimarães et al. (2010). Cândida e Souza (2006) ressaltam que o médico veterinário faz o juramento de proteger os animais aplicando seus conhecimentos técnicos e científicos, prevenindo e tratando doenças, visando o ser humano como objetivo final. Dutra (2006) apud Santos (2007) explica que cabe ao médico veterinário produzir proteína animal em quantidade suficiente para atender a demanda por alimentos da população mundial, por meio do aumento da produtividade dos rebanhos. Como apontado por Guimarães et al (2010, p. 152)
O médico veterinário contribui para a saúde pública, atuando na prestação de serviços de saúde e cuidados aos animais de estimação, na proteção do bem- estar animal, na investigação biomédica e segurança alimentar, contribuindo para proteção e promoção da saúde humana. Sob o ponto de vista econômico, sua participação é também relevante pelo impacto das zoonoses tanto sobre a saúde humana quanto animal. As ações em saúde refletem os interesses comuns e indicam oportunidades de interações desejáveis entre a medicina veterinária e humana.
O médico veterinário tem o papel de inspetor sanitário, e cabe a ele decidir o que está apto e seguro para o consumo, e o que deve ser condenado, bem como inspecionar as condições de higiene dos ambientes em que esses produtos são preparados, conforme relata Gomide et al. (2006) apud Santos (2007). Segundo Pfuetzenreiter et al., (2004) a medicina veterinária teve grandes contribuições em ações de prevenção e controle de doenças na espécie humana. Como aponta Santos (2007, p. 4), fica evidente que “é impossível imaginar a trajetória para a obtenção de alimentos saudáveis, em processos que compreendem o nascer os animais, seus crescimentos, seus cuidados, suas transformações sem a presença obrigatória do médico veterinário”.
MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa de campo foi realizada por meio de entrevistas junto a produtores rurais que criam galinhas para subsistência no município de São Roque do Canaã- ES. O objetivo dessa etapa foi identificar o nível de conhecimento dos produtores sobre biosseguridade e manejo sanitário das aves, bem como relacionar o número de produtores que conhecem o papel do médico veterinário no processo de criação de aves e que buscam assistência do mesmo.
Os resultados são apresentados na forma de gráficos e tabelas no capítulo de Apresentação dos Resultados. No total, a pesquisa contou com participação de 13 avicultores de subsistência escolhidos aleatoriamente. As entrevistas foram realizadas entre os meses de abril e maio de 2018 e tiveram duração média de 5 minutos cada.
RESULTADOS
Nesse capítulo, são apresentados de maneira sintética – em forma de tabelas e gráficos – os dados obtidos a partir das entrevistas realizadas junto aos produtores rurais que criam galinhas para subsistência no município de São Roque do Canaã- ES. Assim, a tabela 1, disposta a seguir, apresenta a quantidade de ovos produzidos por dia, a quantidade de frangos abatidos por mês, a quantidade de aves criadas, e a quantidade de pessoas envolvidas na atividade.
O gráfico 1 apresenta a quantidade de produtores que direcionam sua produção apenas para a subsistência, e os que comercializam o excedente.
O gráfico 2 apresenta a quantidade dos produtores que relataram ter ocorrido alguma doença no plantel em algum momento.
O gráfico 3 apresenta a quantidade de produtores que declararam realizar vermifugação das aves.
O gráfico 4 apresenta a quantidade de produtores que alimentam as aves apenas com milho, e a quantidade que, além do milho, utiliza também ração comercial.
O gráfico 5 apresenta a quantidade de produtores que gostariam de receber assistência veterinária na criação das aves, e a quantidade que não acha necessária a assistência veterinária na criação de aves para subsistência.
DISCUSSÃO
Foram entrevistados 13 produtores, dos quais dois criavam apenas galinhas poedeiras, um criava apenas frango de corte, e 10 criavam galinhas e frangos. Totalizando 265 galinhas poedeiras e 385 frangos de corte. Diariamente são coletados 122 ovos, e mensalmente são abatidos 55 frangos. Os mesmos não possuem mão- de-obra contratada para exercer a atividade, que provém totalmente de base familiar. No total são 28 pessoas envolvidas, conforme dados da Tabela 1.
De acordo com os dados do Gráfico 1, a maior parte da produção tem como destino a subsistência, sendo que 8 (62%) dos avicultores produzem apenas com essa finalidade, e 5 (38%) comercializam o excedente de sua produção de modo informal com pessoas que vão até a propriedade a procura do produto.
Quando questionados a respeito do aparecimento de doenças no plantel, 9 (69%) negaram o aparecimento de qualquer enfermidade, e 4 (31%) relataram o ter ocorrido em algum momento o aparecimento de doenças (Gráfico 2), porém, não procuraram um médico veterinário para cuidar do caso e também não souberam descrever os sinais clínicos manifestados pelas aves.
Com relação a vermifugação do plantel (Gráfico 3), 5 (38%) avicultores não realizam, e 8 (62%) realizam, no entanto, não procuram aconselhamento veterinário para esse procedimento.
A principal fonte de alimentação das aves é o milho (Gráfico 4), 10 (77%) fornecem apenas milho para as aves, e 3 (23%) fornecem, além do milho, ração comercial. Por serem criadas livres, as aves também se alimentam de plantas e insetos que encontram na natureza.
Quando questionados se gostariam de receber assistência veterinária (Gráfico 5), 10 (77%) dos avicultores responderam que não acham necessária a assistência veterinária na criação de galinhas de subsistência, e 3 (23%) responderam que seria importante receber, principalmente nas áreas de sanidade avícola e manejo de pintainhos.
Conforme relatam Kitalyi (1998) e Sonaiya (2001) apud Câmara (2006), a criação de galinhas de fundo de quintal difere amplamente das criações industriais. Os parâmetros produtivos das primeiras são baixos, muito embora sejam obtidos com custos mínimos, não possuem controle sanitário, nem suplementação alimentar e intervenções reprodutivas.
Essa informação vem ao encontro das informações levantadas nesse trabalho. Por se tratar de uma atividade não tecnificada, a avicultura de subsistência, também chamada de criação de galinhas de fundo de quintal, é normalmente desenvolvida apenas pela família. As aves são criadas soltas dificultando a adoção de medidas de biosseguridade. Os avicultores relataram que nunca receberam nenhum tipo de assistência veterinária, e a principal fonte de informação são os vendedores de lojas agropecuárias.
Em virtude da escassez de pesquisas similares a esta, não foi possível comparar com dados de outro autor.
CONCLUSÃO
Este trabalho teve como objetivo pesquisar os conhecimentos que os produtores rurais que criam galinhas para subsistência detêm sobre biosseguridade, medidas adequadas de manejo sanitário das aves que criam, e o papel do médico veterinário nesse processo. A partir dos dados coletados, foi possível concluir que os avicultores de subsistência entrevistados desconhecem os princípios de biosseguridade, as medidas adequadas de manejo sanitário e o risco potencial de transmissão de doença entre as aves, bem como desconhecem a importância do papel do médico veterinário. Esse desconhecimento por parte dos avicultores pode colocar em risco a cadeia produtiva da avicultura e a saúde humana, uma vez que estas aves criadas para subsistência podem exercer um importante papel como agentes reservatórios e transmissores de doenças para outros animais inclusive o homem. O presente trabalho serve de alerta aos órgãos públicos e privados de assistência técnica e de saúde pública sobre a necessidade de dar mais atenção para esse setor produtivo, de modo a garantir que a sociedade tenha acesso a alimentos mais saudáveis, e que o risco de transmissão de doenças seja minimizado. Pesquisas mais amplas devem ser feitas na área, contemplando um número maior de produtores e outros municípios, para que se possa avaliar os dados a nível de estado.
REFERÊNCIAS
ALBINO, Luiz Fernando Teixeira; TAVERNARI, Fernando de Castro. Produção e Manejo de Frangos de Corte. Viçosa-MG: Editora UFV, 2008, 88 p.
AVES, Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo. História da Avicultura. Disponível em: < http://www.associacoes.org.br/aves/historia-da- avicultura>. Acesso em: 04 Nov. 2017.
BORDIN, Roberto de Andrade et al. Biosseguridade aplicada nas granjas de aves e suínos. Ensaios e Ciência, v. 3, n. 3, p. 11-16, 2005.
CÂMARA, Suiany Rodrigues. Levantamento Sorológico e Avaliação da Resposta Imune Humoral Mediante Três Vias de Administração de Vacinas Contra o
Vírus da Doença de Newcastle em “Galinhas de Criatórios de Fundo de Quintal” na Região Metropolitana de Fortaleza. 2006. Tese de Doutorado.
Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) – Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Veterinária, Fortaleza.
CÂNDIDA, A. C.; SOUZA, M. M. O. A importância do médico veterinário em questões de saúde pública no município de Araguari-MG. Veterinária Notícias, v. 12, n. 2, p. 17, 2014.
FERNANDES, Francisco Cortes; FURLANETO, Antônio. Riscos biológicos em aviários. Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, v. 2, n. 049, p. 140-152, 2004.
FONSECA, Fabiane et al. Avaliação do uso de sangue em papel-filtro para detecção e quantificação de anticorpos para o vírus da doença de Newcastle. Ciência Animal Brasileira, v. 8, n. 2, p. 319-324, 2007.
GIMENO, Emilio. Doenças Aviárias na América Latina. (Trad. Liliana Revolledo). In: REVOLLEDO, Liliana; FERREIRA, Antonio J. Piantino (orgs). Patologia Aviária. 1 ed. Barueri-SP: Manole, 2009. 510 p.
GUIMARÃES, Felipe de Freitas et al. Ações da vigilância epidemiológica e sanitária nos programas de controle de zoonoses. Veterinária e Zootecnia, v. 17, n. 2, p.
151-162, 2010.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo agropecuário 2006. Disponível em:
<https://cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=320495&idtema=3&se arch=espirito-santo|sao-roque-do-canaa|censo-agropecuario-2006>. Acesso em: 04 Nov. 2017.
INOUE, Alberto Yocyitaca; CASTRO, Antonio Guilherme Machado de. Fisiopatologia do Sistema Respiratório. In: BERCHIERI JÚNIOR, Angelo et al. Doença das aves. 2 ed. Campinas-SP: Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas, 2009, 1104 p.
MENDES, Areil Antonio. Panorama da Avicultura Nacional e Perspectivas do Setor. Brasília-DF: Associação Brasileira de Proteína Animal, 2014.
MOÇO, Helder Filippi et al. Bouba Aviária. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, v. 6, n. 11, p. 1-5, 2008.
PFUETZENREITER, Márcia Regina; ZYLBERSZTAJN, Arden; PIRES DIAS DE
AVILA, Fernando. Evolução histórica da medicina veterinária preventiva e saúde pública. Ciência Rural, v. 34, n. 5, 2004.
ROCHA, Tatiane Martins et al. Aspectos clínicos, patológicos e epidemiológicos de doenças imunossupressoras em aves. Enciclopédia Biosfera, v. 10, p. 355-379, 2014.
SALLE, Carlos Tadeu Pippi; MORAES, Hamilton Luiz de Souza. Prevenção de doenças / Manejo profilático / Monitoria. In: BERCHIERI JÚNIOR, Angelo et al. Doença das aves. 2 ed. Campinas-SP: Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas, 2009, 1104 p.
SANTOS, Luana Maria et al. Importância do médico veterinário na produção de alimento de origem animal, para a sociedade: revisão de literatura. 2007.
SEMPREBON JR, Moacir Vieira. Influenza aviária: aspectos sobre vacinação e estratégias diva. 2015.
Gilberto Marcos Junior Autor
Médico veterinário, consultor da QualyPrev – Consultoria e docente do curso de medicina veterinária da UNESC, em Colatina (ES).
tag: biosseguridade , médico veterinário , granja de subsistência , artigo ,