Produtores da região de Bastos falam sobre a queda nos preços
Com os preços em baixa nas últimas semanas, os avicultores da região de Bastos, no Oeste Paulista, foram ouvidos pelo Globo Rural sobre o assunto.
Kakimoto: período de queda |
Segundo a reportagem do Globo Rural, que foi ao ar na edição de segunda-feira, dia 7 de outubro, produtores do Oeste Paulista consideram a baixa do preço dos ovos típica dessa época do ano pois há mais oferta do produto no mercado. “Agora, eles esperam uma recuperação, já que as indústrias de panificação começam a se preparar para o Natal”, informa a reportagem.
Ouvidos pela reportagem os produtores Sérgio Kakimoto, de Bastos, e Yoshimi Shintaku, de Marília, comentaram o assunto. Kakimoto reforça a máxima de que em setembro é típica a queda dos preços. As galinhas produzem mais e o mercado, que vem se mantendo aquecido nos últimos meses, se viu com alta demanda do produto, este ano. “Nessa época do ano, quando os preços dos ovos abaixam, ficam bem próximos do nosso custo de produção. Então, nós descartamos parte do plantel de aves mais velhas. Com esse descarte, já vamos equilibrar nossa oferta”. Somado a isso, há, segundo Kakimoto, o aumento do consumo de ovos para a fabricação de pães para o final do ano. “E aí, esperamos que o preço dos ovos venham a subir nos próximos 20 dias”.
Shintaku: valor ainda razoável |
Na Graja Shintako, de Marília, a 100 km de Bastos, a situação não é muito diferente, diz o repórter Fernando De Gaspari para o Globo Rural. “Há poucas semanas, a caixa do ovo custava por volta de R$50,00 e agora caiu um pouco”, aponta, questionando o produtor Yoshimi Shintaku. O experiente avicultor diz que naquele dia, o ovo estava sendo comercializado a R$56,00 e que esse valor para o avicultor, ainda é razoável, “mas se houver algum tipo de afrouxamento, acredito que complicará para o granjeiro”, disse Shintako.
A alta no consumo de ovos, demonstrada pelas mais recentes pesquisas, inclusive da Ubabef, a União Brasileira de Avicultura, também é lembrada pela repórter Sandra Fonseca, da TV TEM, afiliada da Rede Globo no Oeste Paulista. Na reportagem, Sandra salienta que há 10 anos cada brasileiro consumia cerca de 130 ovos por ano. Ela cita os números atuais como 160 ovos per capita, mas os dados da Ubabef apontam para 162, e o Instituto Ovos Brasil fala em 164. O Instituto é a entidade que trabalha pelo marketing do ovo e vem obtendo grande sucesso em suas campanhas de divulgação pelo aumento do consumo de ovos no Brasil.
Silva: um alimento versátil |
A reportagem do Globo Rural ouve também o consultor em avicultura Jair da Silva, que justifica o aumento do consumo, nos últimos tempos, ao fato do consumidor estar mudando seus conceitos em relação ao produto ovo e isso se deve, segundo ele, à qualidade do alimento que “ é rico em proteína, que faz bem para a saúde, que pode ser consumido por todos, desde criança até a terceira idade, e uma proteína de custo baixo”, avalia Jair da Silva.
Sérgio Kakimoto complementa, lembrando que “o ovo é um alimento completo, tão completo quanto o leite materno, e é um produto bom e barato.” Kakimoto é da nova geração de produtores de ovos de Bastos, município conhecido como Capital do Ovo por manter a maior produção de ovos do Brasil. Bastos é responsável pela produção de 45% dos ovos do Estado de São Paulo, e 20% da produção nacional.