RS: ainda há embargos internacionais do caso isolado de Doença de Newcastle em 2024, informa Asgav
A entidade solicita novas ações do Governo Federal seis meses após encerramento oficial do caso.
Além de lidar com os impactos de uma catástrofe climática que afetou gravemente o Rio Grande do Sul, em 2024, o setor avícola gaúcho ainda enfrenta embargos de importantes mercados internacionais, como China e Chile, entre outros. Mesmo após a autodeclaração do Brasil como livre da Doença de Newcastle em aves comerciais – uma conquista reconhecida por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em outubro de 2024 – alguns países continuam a impor restrições às exportações gaúchas.
É o que informa a Asgav, a Associação Gaúcha de Avicultura, em informe à imprensa.
Em ofício endereçado ao Ministério da Agricultura e Pecuária/DF e Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, a Organização Avícola do RS (Asgav/Sipargs), entidade representativa do setor agroindustrial da avicultura gaúcha, destaca a urgência de uma resolução para os embargos, que já ultrapassam seis meses. "Enquanto muitos países, potenciais importadores já retiraram as restrições, a China, o Chile e outros mercados permanecem com os embargos ativos", ressalta José Eduardo dos Santos, presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).
Segundo Eduardo, a manutenção desses embargos gera prejuízos significativos para a cadeia produtiva, sobretudo para os pequenos e médios produtores, que já lidam com dificuldades financeiras. “As entidades reconhecem os esforços e serviços do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e de órgãos estaduais, que conduziram análises rápidas e eficazes do caso isolado de Doença de Newcastle registrado em julho de 2024. Porém, alertam que, por questões internas ou outras, estes países ainda resistem em reabrir suas fronteiras às exportações do setor avícola gaúcho.”
O apelo ao Governo Federal é claro, salienta o líder gaúcho: “intensificar os esforços diplomáticos para sensibilizar mercados como o chinês, que representam uma parcela significativa das exportações do setor”. O presidente da entidade conclui: “Enquanto aguarda respostas, o setor avícola gaúcho reforça seu compromisso com a qualidade e a segurança sanitária, características que consolidaram sua reputação e trajetória internacional fornecendo carne de frango e ovos para centenas de importadores. No entanto, para garantir sua sustentabilidade, o retorno ao pleno acesso aos mercados globais é essencial.”
(A Hora do Ovo, com informação e foto da assessoria de comunicação da Asgav)
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