Ubabef comemora a desoneração da folha de pagamento
Empresas avícolas figuram entre as áreas contempladas com o novo plano de desoneração do Governo Federal.
Francisco Turra: redução do impacto da crise |
Um pouco de alívio, outro tanto de expectativa: foi assim que a Ubabef recebeu a nova ação do governo em socorro aos setores produtivos brasileiros. Uma dessas ações diz respeito à desoneração da folha de pagamento dos funcionários, o que pode auxiliar o setor avícola nos custos de produção. Anunciado na semana passada, o conjunto de medidas anunciado pelo Ministério da Fazendo - que inclui a desoneração de impostos - levou o presidente da União Brasileira de Avicultura, a Ubabef, Francisco Turra, a comemorar. A avicultura foi um dos 25 setores beneficiados pela desoneração de folha de pagamento, dentro do Plano Brasil Maior.
De acordo com o presidente da Ubabef, “houve longo período de negociação entre setor e ministério pela inclusão do setor avícola, desde o primeiro anúncio do benefício, realizado em maio deste ano”, informa a assessoria de imprensa da entidade. “Com a desoneração, a avicultura ganha fôlego em um momento especialmente delicado, de profunda crise, com a alta nos preços dos insumos básicos do setor (do milho, com 40% de alta desde o início do ano, e da soja, com 90% de elevação no mesmo período) e a redução da oferta de crédito para o setor”.
Francisco Turra avalia: “Essa medida ajudará a reduzir os impactos da crise e a manter empregos nas plantas frigoríficas, que passam por drástica redução produtiva. Temos de volta parte da competitividade perdida durante a crise, o que ajudará o Brasil a manter a posição de maior exportador mundial frente aos seus principais concorrentes”. O anúncio da nova medida, diz Turra, traz justiça a um setor que sempre respondeu como gerador de emprego e renda para o país, além de representar um dos suportes na segurança alimentar da população.
Segundo dados da própria Ubabef, a avicultura hoje gera mais de 500 mil empregos diretos no Brasil, sendo responsável por 1,5% do PIB nacional. “Com a crise atual, mais de 6 mil postos de trabalho já foram perdidos e há expectativa de redução de 10% na produção do setor durante o segundo semestre deste ano”, informa a entidade.