Assembleia reúne avicultores para debater sobre Ovos Brasil

Em assembleia realizada ontem, dia 20, em Ribeirão Preto (SP), durante o Congresso da APA 2013, a diretoria e os membros do conselho deliberativo do Instituto Ovos Brasil discutiram longamente a necessidade de elevação da taxa de arrecadação para a manutenção dos trabalhos da entidade. Além dos conselheiros – que são todos avicultores - vários outros produtores de ovos de diversos Estados participaram da reunião, que teve um forte debate sobre a necessidade de ação conjunta para garantir a continuidade do trabalho do Instituto Ovos Brasil, que começou a atuar em 2007 e é hoje um exemplo de sucesso na divulgação dos benefícios do ovo junto à população. Além disso, são creditados ao trabalho da entidade os bons resultados obtidos com o aumento do consumo de ovos junto à população brasileira, o que vem revertendo, em parte, em melhores valores para o ovo e melhor remuneração para o produtor.

Ao final das discussões, que duraram cerca de duas horas, ficou decidido que a partir de 1º de maio a taxa de contribuição dos avicultores de postura comercial passará de 1 centavo, cobrado atualmente por pintainha alojada, para 3 centavos. A cada compra de pintainha feita pelo produtor de ovos os incubatórios vão separar 3 centavos por cabeça, valor que será repassado ao Instituto Ovos Brasil. Para isso, as empresas de genética reajustarão o preço cobrado por pintainha, obedecendo essa mesma proporção. Representantes da maioria dos incubatórios estiveram presentes e eles concordaram com a proposta, fazendo, porém, a ressalva de que poderá haver produtores que discordem da cobrança adicional.

Rogério Belzer, presidente do Instituto Ovos Brasil fez, então, o pedido para que, em caso de discordância no pagamento da contribuição por parte de alguns produtores, caberá aos incubatórios avisar os conselheiros da entidade, que buscarão mediar junto aos avicultores, argumentando a importância da contribuição. E argumentos não faltam para isso. A importância do trabalho da entidade ficou bastante claro nas acaloradas discussões da reunião realizada ontem em Ribeirão Preto (SP), que aconteceu logo após a série de palestras do segundo dia do XI Congresso da APA.

Muitos produtores ressaltaram que o trabalho do Instituto Ovos Brasil foi importante não só para atuar em favor da divulgação do ovo como também para realizar o difícil trabalho técnico e político junto ao Ministério da Agricultura para provar a inviabilidade de aplicação das normas da Instrução Normativa 56 – que, entre outras medidas, exigia o telamento dos aviários brasileiros. Foi graças ao trabalho persistente do Ovos Brasil  que a normativa se reverteu a favor dos avicultores. A entidade conseguiu promover, junto com a Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (SC), um sério estudo que comprova a inviabilidade da telagem nos galpões de postura existentes no Brasil, a maioria deles do estilo californiano. 

Em breve – provavelmente em 17 de abril - uma nova assembleia da entidade vai discutir uma reestruturação administrativa do Instituto Ovos Brasil, além de uma nova deliberação sobre o orçamento previsto para a entidade em 2013 a partir da nova arrecadação. 

(A Hora do Ovo direto do Congresso da APA 2013)