Sobem os custos de produção de ovos com as regras da União Europeia
Estudo de universidade holandesa aponta que 15% dos custos se devem ao cumprimento das normas de bem-estar animal em curso desde 2012.
Normativa de bem-estar animal: custos mais altos na Europa |
Por conta das novas leis de bem-estar animal impostas pela União Europeia, em 2012, os custos com a produção de ovos subiram consideravelmente. É o que aponta um estudo feito pelo Instituto LEI, da Universidade de Wageningen, na Holanda. Segundo dados desse estudo, de um modo geral, nos últimos anos, os custos para produção de ovos aumentaram em 7% por conta de atender a nova realidade da avicultura moderna. No entanto, esse percentual supera 15% na União Europeia devido à necessidade do avicultor ter que cumprir as regras de bem-estar, sanidade e segurança animal em vigor desde janeiro de 2012.
Para se ter uma ideia, em 2011, antes da normativa, países como a Argentina, Ucrânia, Estados Unidos e Índia já conseguiam produzir ovos entre 20 e 30% mais baratos do que os europeus. Com a entrada em vigor das novas leis na União Europeia, essa diferença de custos e preços tornou-se ainda maior. Diante desse quadro, o estudo ressalta a importância dos países europeus manterem as taxas de importação em alta para proteger os produtores de ovos da Europa, já que outros países podem oferecer ovos mais baratos aos membros da Comunidade Econômica Europeia. É a condição, segundo o estudo, para que o ovo europeu se mantenha competitivo no mercado interno.
Enquanto isso, a Itália e a Grécia continuam utilizando gaiolas convencionais em suas granjas, apesar da proibição imposta pela União Europeia. A Itália e a Grécia são os dois últimos países do bloco econômico a desafiar a proibição de gaiolas convencionais. Segundo fontes da imprensa europeia, os dois países ainda mantêm 20 milhões de aves no que os europeus chamam de “sistemas ilegais” de produção de ovos. A Itália responde pela maior parte dessas aves em gaiolas convencionais.
Antes da legislação imposta pela União Europeia, que entrou em vigor em janeiro do ano passado, calcula-se que havia 14 países membros com 50 milhões de aves alojadas em baterias de gaiolas convencionais.