Produção de ovos de codorna ganha força em São Paulo

Produção de ovos de codorna ganha força em São Paulo

Com características muito específicas e exigentes cuidados na produção e processamento, coturnicultura vai conquistando espaço no mercado.

Ovonews

dezembro 10, 2014

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A produção de ovos de codorna de Bastos (SP) foi destaque no programa Nosso Campo, produzido pela TV Tem, afiliada da Rede Globo no Centro-oeste paulista. Na edição do sábado, dia 29 de novembro, o programa dedicado à produção rural, mostrou a coturnicultura bastense e o processamento dos ovos em uma indústria na cidade de Itu.

Visitando a Granja Kakimoto, em Bastos, a TV Tem demonstrou o potencial da região que é a maior produtora de ovos do Brasil, inclusive de ovos de codorna. Bastos responde hoje por pouco mais de 20% da produção brasileira de ovos, e 50% da produção paulista. A reportagem entrevistou Sérgio Kakimoto, destacado pesquisador e avicultor de Bastos, que conduz com sua família a granja que hoje conta com 300 mil codornas. Elas chegam a produzir 60 milhões de ovos por ano.

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Na entrevista, Kakimoto mostrou a importância da ração específica para as pequena aves, para que elas produzam de forma satisfatória, e também como aproveitar bem a estrutura da granja para atender galinhas e codornas. “Nós aproveitamos bem a fábrica de ração porque já fazemos a ração para a postura de galinhas e agora também para as codornas. Então, diminuímos o custo”, demonstrou

Embora as rações sejam parecidas por levarem milho e soja, diferem na formulação quanto ao tamanho da granulação. A ração de codorna tem calcário mais fino, informou a reportagem.  Além da ração produzida cuidadosamente, Kakimoto desenvolveu um sistema de lâmpada invertida, que protege as aves de se amontoarem e sufocarem umas às outras.

O retorno é alcançado em curto prazo, já que as codornas ficam aptas a produzir ovos em menos de 50 dias de vida.Com 40 dias, elas já estão com pouco mais de 100 g, praticamente o peso de uma ave adulta. É quando mudam de gaiola e começam a produzir ovos. Esse tem sido o fator de maior atração para o produtor que investe na coturnicultura: retorno a curto prazo, informou o Nosso Campo.

Na continuação da reportagem, a equipe da TV Tem visitou uma fábrica de processamento de ovos de codorna, na cidade de Itu. Ali, o empresário Roberto Alves Araujo passou a tomar conta de uma empresa que começou com uma produção de 100 a 200 kg por mês e que hoje chega 700 toneladas por ano. O produtor comprou a fábrica de um amigo, que foi embora para a França. Eram apenas três funcionários, Roberto e dois filhos. “Era uma indústria pequena. Descascávamos uma média de 100 kg, 200 kg por mês”.

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Pouco mais de uma década depois, a realidade é bem diferente. Hoje, a empresa processa uma média de três toneladas de ovos por dia. Atualmente, a média de produção é de 700 toneladas ao ano. “Para nós, o principal é o controle de água, de pragas, o controle da temperatura de cocção dos ovos, a temperatura ambiental”, revelou a nutricionista Vanessa Bette, que coordena a área de qualidade da empresa.

Uma empresa que processa ovos de codorna precisa ter rígido controle de qualidade. Tudo é fiscalizado minuciosamente, com a presença de uma nutricionista. “As exigências são muitas. Nós atendemos o que exige o Ministério da Agricultura. Controle de taxa de cloro na água, temperatura ambiental, saúde do manipulador, treinamento, uniforme, estrutura física, enfim, toda a cadeia, desde a origem, a recepção dos ovos até a expedição do produto e o consumo final”, informou a profissional. 

(A Hora do Ovo, com informações e fotos do programa Nosso Campo - TV Tem/Rede Globo)

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