“O Brasil é uma liderança exportadora de produtos e know-how”

“O Brasil é uma liderança exportadora de produtos e know-how”

A afirmação positiva é de Marco de Almeida, novo diretor geral da Hendrix Genetics no Brasil e América do Sul; ele vê o mercado brasileiro como estratégico.

Ovonews

fevereiro 28, 2015

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Marco de Almeida: dedicado ao setor de proteína animal desde 1988

Mercado estratégico para o Grupo Hendrix Genetics, o Brasil conta desde março de 2014 com um novo nome à frente da ISA, a empresa responsável pelo desenvolvimento da genética de poedeiras do grupo. É Marco de Almeida, executivo com formação focada em gestão do agribusiness, com vasta experiência no mercado internacional. 

Graduado em administração pela Universidade Federal de Viçosa (MG), Marco de Almeida é especialista em gestão financeira pelo Mackenzie e London Business School. Sua experiência internacional começou com o projeto e implementação da internacionalização da marca Perdigão (atualmente BRF) na Europa. “Aquela experiência representou o modelo-embrião de outros empreendimentos multinacionais”, relembra o executivo, considerando que essa experiência o credenciou a se tornar, em setembro de 2009, membro da diretoria executiva de uma das divisões da Hendrix Genetics, que foi empossada com o objetivo de renovar estratégias do grupo.

Marco de Almeida passou pela implementação de operações integradas de produção-logística, transitando ainda na gestão de pessoas, relações públicas e estabelecimento de parcerias estratégicas. Muitas de suas atividades foram ou têm sido desenvolvidas na Áustria, Alemanha, Angola, Argentina, Canadá, Chile, Equador, Espanha, Estados Unidos, França, Uruguai, Itália, Portugal, Inglaterra e Holanda, sendo que nos últimos 13 anos morou nesses últimos quatro países, o que lhe dá um respeitável traquejo internacional.

Agora, o desafio do atual diretor geral da ISA no Brasil e América do Sul é reunir o talento desenvolvido globalmente e aplicá-lo em nossa terra, tão promissora e ao mesmo tempo – e por isso mesmo – com tanto por aprimorar e crescer. Empresa de genética que participou ativamente da profissionalização do segmento da produção de ovos no Brasil, a ISA está no imaginário do avicultor brasileiro com as poedeiras que fizeram história, como a Babcock, por exemplo, tão popular nas granjas nas décadas de 1970 e de 1980.

Hoje a Hendrix Genetics tem um portfólio de aves com o reforço de uma nova genética em constante evolução, o que leva suas aves a produzirem cada vez mais - como propõe o desafio genético lançado nos últimos anos pela corporação: “Aves produzindo 500 ovos em um ciclo de 100 semanas, sem muda forçada”. Um projeto ousado e que desafia também a equipe ISA/Hendrix no Brasil e seu novo diretor. Ele se confessa fascinado pelo setor de proteína animal desde 1988, quando começou a fazer constantes viagens pelo Brasil atuando em mercado relacionado ao segmento. Pôde, então, conhecer as diversidades regionais do país e suas muitas possibilidade de negócios. 

Para Marco de Almeida, o exemplo de sucesso em que se transformou nas últimas décadas o setor da carne de frango no Brasil é um balizador importante: “Os níveis de sofisticação, intensidade e integração já atingidos pelo segmento da carne de frango no Brasil é algo que vem sendo utilizado como modelo pelos demais segmentos da avicultura, seja em outras espécies, na produção de ovos comerciais ou na genética, este último especificamente o caso da ISA-Hendrix”.

Nessa perspectiva, o diretor geral da ISA-Hendrix no Brasil destaca três contextos principais. O primeiro deles é a importância das casas genéticas que, para ele, agem como “elemento tradutor, na base da pirâmide, das necessidades do mercado consumidor, interligando a cadeia produtiva composta dos multiplicadores, distribuidores, produtores, indústria processadora e canais de venda. Esse contexto traz implícita a identificação de oportunidades reais de produzir com maior margem agregada”. 

Outro aspecto que destaca é o que chama de “maturidade competitiva”, um conceito bastante apreciado pelo executivo: “A avicultura brasileira possui desafios que podem ser tratados comumente por empresas concorrentes entre si sem ferir as premissas do livre mercado, mantendo aderência às condições igualitárias de competição e sintonizada com princípios éticos. Nosso foco deve estar sempre nas melhorias do programa nacional de controle sanitário dos rebanhos e efetividade do controle de zoonoses na produção de proteínas na informalidade. E isso trata-se da própria condição de continuidade sustentada do negócio avicultura: a sanidade regional.”

O terceiro contexto que ele destaca e que vê como crítico no mercado brasileiro é a capacidade de reinvestimento no setor de aves de postura: “Da mesma forma que outros setores da economia, a postura nacional ainda tem sofrido de baixa capacidade de investimento. Investimento no sentido amplo, incluindo a custosa infraestrutura de serviços de transporte, energia, comunicação, passando pelas estruturas não modernizadas de alojamento, barreiras sanitárias, seleção, coleta de ovos, manejo, armazenagem, incubação, entrega e chegando naturalmente ao baixo investimento em capacitação e manutenção de talentos, ou seja, o pessoal. A viabilização dessa capacidade provavelmente envolverá consolidações e rearranjos no setor, bem como uma definição clara de itens na lista do ´dever de casa´ das empresas, associações e governo”. E não deixa de lembrar a liderança do Brasil no segmento: “Em relação ao mercado latino-americano em geral, guardadas as especificidades de cada país e velocidades distintas de profissionalização da avicultura, entendo que o Brasil é uma liderança exportadora; exportadora de produtos e know-how.

Juntamente com sua equipe, instalada na cidade de Salto (SP), o novo diretor geral da ISA no Brasil planeja investimentos para consolidar o suporte à produção de avós e matrizes das seis linhagens de poedeiras comerciais que produz para abastecer o mercado nacional.

“Em março de 2014, quando retornei ao Brasil para assumir o cargo de direção da ISA, já encontrei um bom trabalho iniciado há 8 anos por nossa equipe, que fez com sucesso a reaproximação da ISA-Hendrix com os produtores de matrizes, através de acompanhamento venda-entrega e pós-venda; atuação direta nos aviários, fazendo o monitoramento da qualidade percebida onde mais ela interessa: no nosso cliente, o produtor. Essa prioridade foi mantida e estamos ampliando a capacidade dos anseios do produtor ter uma linha-direta com os tomadores de decisão sobre melhoramento genético, bem como resposta rápida de nossas áreas de produção e comercial quando problemas surgem.”

Ele aponta que a ISA-Hendrix nos últimos meses tem se ocupado em rever a lista de prioridades e fazer o próprio “dever de casa” em termos de melhorias nas instalações produtivas e consolidação das parcerias existentes. E destaca também que a empresa está atenta à prospecção de novas oportunidades de alianças, tanto em relação à avicultura como na produção de proteínas em geral. Sobre os atuais parceiros da ISA no Brasil, Marco de Almeida faz questão de ressaltar: “Nossos distribuidores são nossos olhos, ouvidos e coração no relacionamento com os produtores. Transparência mútua e parceria em ações conjuntas fazem parte da política de trabalho da ISA, que é operar com uma rede de distribuidores. No Brasil, essa tem sido a forma de relacionamento com a Interaves, a Mercoaves e a Planalto Postura”.

Leia neste site a reportagem que A Hora do Ovo fez sobre a Jornada de Incubação promovida pela ISA-Hendrix e dirigida aos incubatórios parceiros da marca. O link é ISA-Hendrix no Brasil realizou jornada sobre incubação para parceiros.

(A Hora do Ovo)

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