Arnaldo Jardim, Heinz Otto Helwig, Fernando Buchala e Erico Pozzer: convocação para a prevenção nas granjas paulistas

Uma série de seminários sobre prevenção à influenza aviária está sendo realizada no Estado de São Paulo desde o mês de maio. O programa foi posto em prática pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, através da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, e teve início na cidade de Campinas (a 100 Km de São Paulo), passou por Bastos, importante polo de produção de ovos do Brasil, localizado no Oeste Paulista, e chegou a Boituva, na região metropolitana de Sorocaba, a 116 km da da capital.

A cidade de Votuporanga, no Noroeste Paulista, recebeu o seminário, no dia 11 de junho, e também foi palco do evento no dia 17. Agora, a agenda inclui Registro, no próximo dia 23 de junho.

O evento integra a programação da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo visando à prevenção da influenza aviária nos núcleos produtores de ovos e frangos. A Coordenadoria de Defesa Agropecuária conta com o apoio da Associação Paulista de Avicultura (APA) e Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Em Votuporanga e Boituva, assim como em Campinas e Bastos, o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, apresentou o Plano Paulista de Prevenção da influenza Aviária, que contém ações preventivas em relação à doença, que já atingiu e dizimou mais de 46 milhões de aves nos Estados Unidos, prejudicando avicultores e a população.

A grande preocupação do Governo do Estado é com a crescente disseminação da doença nos Estados Unidos, atualmente com 222 focos e 46 milhões de aves sacrificadas.  Diferentes ações estão sendo implantadas para a avicultura e para o segmento de aves silvestres cativas e migratórias. Além da insistência junto ao Ministério para intensificar as medidas de biosseguridade nos portos e aeroportos.  “Temos muita gente desembarcando diariamente vindos dos Estados Unidos, o que pode ocasionar algum risco aos nossos planteis”, destacou Arnaldo Jardim.

Somados, os setores de corte e de postura da avicultura paulista representam a terceira atividade em valor de negócios do agronegócio do Estado. São Paulo tem alojados 230 milhões de aves e a relevância da atividade fez com que a Secretaria de Agricultura promovesse uma série de seminários de atualização, prioritariamente nos municípios considerados polos avícolas.

De acordo com Erico Antonio Pozzer, presidente da APA, a Associação Paulista de Avicultura, e da Câmara Setorial de Aves e Ovos, esse evento visa “resensibilizar” os produtores, os veterinários e responsáveis pelas granjas produtoras, tanto de poedeiras, quanto de frangos, para que eles reforcem a biosseguridade em todas as granjas. “Temos no Brasil um patrimônio de suma importância, e o principal é o aspecto sanitário, não temos a ocorrência de nenhuma doença que implique em parar de exportar para país nenhum. Então, temos que fazer tudo para manter esse status sanitário”, disse.

Líderes avícolas, autoridades e especialistas em Boituva: status sanitário em alerta

Entre as ações desenvolvidas pela Secretaria de Agricultura está a criação de um comitê de combate à gripe aviária, de acordo com um decreto assinado pelo Governador Geraldo Alckmin, no dia 27 de maio. O comitê tem o objetivo de integrar e estabelecer medidas preventivas, de controle e de erradicação para a avicultura industrial e para o segmento que envolve as aves silvestres cativas e migratórias. “O governador Geraldo Alckmin está empenhado, juntamente com os órgãos estatais, em evitar que São Paulo seja atingida pela influenza aviária”, afirmou Arnaldo Jardim.

De acordo com o coordenador da Defesa Agropecuária, Heinz Otto Helwig, é preciso colaboração por parte dos avicultores e produtores, das autoridades e da sociedade para os riscos do possível ingresso da influenza aviaria. “Além do Plano Paulista de Prevenção da influenza Aviária, estamos também distribuindo material impresso para que o produtor possa disseminar os cuidados com a biossegurança”, disse.

Para o secretário Arnaldo Jardim, é necessário preservar a avicultura paulista, adequando-se aos cuidados sanitários, evitando o contato de pessoas não autorizadas com as aves. “Vamos fazer um cerco forte para não deixar esse vírus nos comprometer”, declarou.

Participaram do seminário em Votuporanga os seguintes profissionais e autoridades: Masaio Mizuno, coordenadora do Comitê Estadual de Sanidade Avícola e professora Titular de Epidemiologia da USP; o prefeito do município de Votuporabga, Nasser Marão Filho; o prefeito de General Salgado, Leandro Rogério de Oliveira; lideranças municipais, vereadores e autoridades da região; o coordenador da Cati, José Carlos Rossetti; o presidente da Câmara Setorial de Aves e Ovos do Estado de São Paulo, Erico Pozzer; o diretor do EDR de Votuporanga, Carlos Alberto de Luca; o representando do Deputado Carlão Pignatari, Luciano Arantes Liebana; o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Diogo Mendes Vicentini; o prefeito de Lourdes, Odecio Rodrigues da Silva; e o prefeito de Pontes Gestal, David de Souza Batista.

Também foram convidados para o evento representantes do setor dos municípios que compõem os Escritórios de Defesa Agropecuária (EDAs) de Votuporanga, Jales, Fernandópolis, General Salgado, São José do Rio Preto e Catanduva.

Em Boituva

Cerca de 500 pessoas, entre avicultores, médicos veterinários e técnicos de granjas em Boituva:muita atenção

Na sequência, o seminário aconteceu no dia 17 de junho, no Auditório da FIB - Faculdades Integradas Brasileiras/UNIESP, em Boituva. Lá, o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, apresentou o Plano Paulista de Prevenção da influenza Aviária para mais de 500 pessoas, entre produtores, os veterinários e responsáveis pelas granjas da cidade de Boituva e região, pesquisadores e representantes do setor avícola das regiões de Avaré, Bauru, Botucatu, Itapetininga, Itapeva, Limeira, Piracicaba, Jaú e Sorocaba.

O presidente da Associação Paulista de Avicultura (APA) e da Câmara Setorial de Aves e Ovos, Erico Antonio Pozzer, ressaltou a importância da avicultura para o Brasil e reforçou a necessidade em aprimorar a biosseguridade nas granjas. “Não temos a ocorrência de nenhuma doença que implique em parar de exportar para país nenhum. Se a influenza aviária entrar no Brasil, nós deixaremos de exportar 35% da nossa produção. Seria um desastre. Então, temos que fazer tudo para manter esse status sanitário”, alertou.

Em 27 de maio de 2015, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou decreto estabelecendo uma série de ações, como a criação de um comitê de combate à influenza aviária, composto pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA). O objetivo desse comitê é implementar novas medidas de controle e de erradicação para a avicultura industrial. “Além disso, nós estamos trabalhando controle do fluxo de pessoas que vêm dos Estados Unidos nos portos e aeroportos, e também no controle das aves migratórias, que nesse período do ano migram do Norte para o Sul, passando pelo Brasil em direção à Patagônia. Elas podem trazer esse vírus e isso pode comprometer”, afirmou Arnaldo Jardim.

Novamente, o Coordenador da Defesa Agropecuária, Heinz Otto Helwig, alertou os avicultores presentes para a importância da prevenção. “Doença não ocorre por acaso, mas sim por descaso. Não se trata de um protocolo de intenções, mas de um Plano com começo, meio e fim, o qual esperamos que seja breve, pois não queremos essa enfermidade em nossas granjas. Nós precisamos reforçar a biosseguridade em todas as granjas”, destacou.

Para o secretário Arnaldo Jardim a segurança da avicultura está relacionada as ações de cada produtor em cuidar de suas granjas. “A corrente se quebra quando o elo mais fraco arrebenta. Então, se cada produtor cuidar de sua propriedade, culminada com as ações de políticas públicas para garantir a biossegurança, certamente estaremos livres dessa enfermidade”, declarou.

Saiba mais sobre o Programa de Prevenção à Influenza Aviária de São Paulo lendo as notícias no site A Hora do Ovo. Clique nos links a seguir e confira.

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Plano de contingência - Versão 1 

Mais informações nos sites:

www.agricultura.sp.gov.br

www.cda.sp.gov.br/influenza-aviaria

(A Hora do Ovo, com informações e fotos da assessoria de imprensa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo)