Naola Ferguson defende biossegurança e vacinação contra Micoplasma
Durante o Seminário IDEXX, realizado em paralelo ao Simpósio Brasil Sul de Avicultura, especialista mostrou estratégias de prevenção e controle.
Equipe da IDEXX com a especialista Naola Ferguson (a terceira da esquerda para a direita): debatendo micoplasma |
A combinação de um sistema de biossegurança eficiente com vacinação das aves é o melhor método para conter surtos de micoplasma na avicultura, defendeu a médica veterinária norte-americana Naola Ferguson, professora da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos. A especialista esteve no país para participar do Seminário IDEXX Brasil de Mycoplasma, evento que aconteceu durante o XV Simpósio Brasil Sul de Avicultura, em Chapecó (SC).
A micoplasmose pode ser considerada a doença respiratória que mais desafia o avicultor em função da sua complexidade e do impacto econômico na atividade. “O problema da incidência de micoplasma é que a doença principal abre portas para doenças secundárias”, explicou a especialista durante o evento que aconteceu no dia 9 de abril. Naola lembrou aos presentes os quatros tipos de micoplasmas existentes - Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae, Mycoplasma meleagridis e Mycoplasma iowae -, sendo os dois primeiros os mais encontrados no Brasil.
Prevenção e controle
“A biossegurança é fundamental na prevenção de micoplasma”, destacou a especialista, que também defende o uso da vacinação associada aos processos de biossegurança. Contudo, ela explica que é necessário vacinar vários lotes para que as vantagens da vacinação realmente apareçam “De uma maneira geral, é necessário dois anos de vacinação para ter o benefício total da vacinação, o que significa estar livre da doença, mas essa regra tem suas variações, por isso recomendo esperar o segundo lote”, indicou.