As autoridades sanitárias mexicanas aceitaram a certificação sanitária proposta pelo Ministério da Agricultura brasileiro para a exportação de carne de aves e ovos férteis. A informação chegou ontem, dia 24 de julho, à Ubabef, a União Brasileira de Avicultura. Com essa notificação por parte das autoridades mexicanas, o Brasil poderá exportar produtos avícolas, o que vinha sendo analisado nos últimos dias, visando ao abastecimento do mercado interno mexicano, que vive problemas por causa do surto de influenza aviária que tomou conta do país há meses.

Com essa certificação do México, o Brasil conquista finalmente um mercado que “namorava” há tempos. “Entre os países pelos quais temos batalhado para abrir o mercado, o México é dos que têm maior potencial”, confirma Francisco Turra, presidente da Ubabef. Ele salienta que, embora em caráter emergencial, o setor avícola brasileiro vai negociar para que essa abertura seja permanente. A próxima etapa, segundo Turra, é a finalização da escolha, por parte das autoridades mexicanas, das plantas que poderão exportar para aquele mercado. 

Segundo o Jornal da Pecuária, a abertura do México ao mercado de frango brasileiro pode elevar a exportação do país em 4% este ano, em comparação com as 3,917 milhões de toneladas embarcadas em 2012. “Além da carne, os mexicanos pretendem importar material genético, ovos férteis e de consumo”. É um mercado novo, um grande mercado, declarou Ariel Mendes, diretor de produção e técnico científico da Ubabef. Segundo ele, em entrevista ao Jornal da Pecuária, o México importa quase 700 mil toneladas por ano, basicamente dos Estados Unidos. “Agora, com a crise de influenza aviária no país, eles têm que diversificar suas importações. O Brasil estava tentando abrir esse mercado há muitos anos. Para nós, é uma boa notícia”, comemora Mendes.

(A Hora do Ovo, com informações da assessoria de imprensa da Ubabef e Jornal da Pecuária)