Incubadora no Acre estimula a avicultura familiar
Um dos setores que mais crescem no Acre, a avicultura ganha estímulo governamental para incrementar o setor conduzido pelo produtor familiar.
Os ovos fertilizados ficam na incubadora por 18 dias |
No Estado do Acre, a avicultura é uma das atividades que mais crescem, contando com granjas de alta tecnologia e também propriedades conduzidas pela política familiar. Pois é para estimular a expansão dessa atividade que o governo estadual do Acre vem investindo na Central de Incubação conduzida pela Secretaria de Agropecuária (Seap), um setor que foi criado na década de 1970. Desativada por 12 anos, a central voltou a funcionar nos anos 1990 e ganhou novo fôlego no início dos anos 2000. Hoje, produz 10 mil pintos por semana e tem como principal comprador o produtor familiar.
Segundo informa a assessoria de imprensa do governo acreano, “mais do que atender a interesses comerciais, a incubadora do estado está a serviço dos pequenos produtores familiares”. O secretário adjunto da Seap, Mamed Dankar, confirma: “Consideramos que seja essa a função social da atividade da Central de Incubação”. Ele explica que o estímulo à criação de aves está ajudando a elevar a qualidade da alimentação das famílias. A administração pública estadual também vem fomentando a criação de galinhas da variedade Caipira Tropical nas comunidades e municípios mais isolados por meio do Programa de Segurança Alimentar.
A Central de Incubação produz 10 mil pintos por semana |
O Programa de Segurança Alimentar envolve uma parceria entre a Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seap) e a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof). Altemar Pereira de Lima, técnico da Seaprof, explica que o fomento à criação de galinha caipira tem como finalidades incrementar a dieta alimentar nos municípios isolados e favorecer o plantel dos produtores. A incubadora trabalha com as linhagens Pedrês, Caipira Tropical, Gigante Negro, Pescoço Pelado, Pescoço Vermelho, Embrapa e Isa Brown. Semanalmente, são distribuídas 10 mil aves em 17 municípios do estado.
Jalcenyr Pessoa, zootecnista da Seap, explica que os ovos fertilizados colocados na incubadora por 18 dias são transferidos depois para o Nascedouro. Com 21 dias eclodem, os pintos são selecionados e recebem vacina. “Aí estão prontos para a distribuição”, conclui.
Em condições normais, os pintos custariam aos produtores cerca de R$ 1,30 (para corte) e R$1,60 (para postura de ovos). Entretanto, pelo Programa de Segurança Alimentar, aqueles situados nos municípios mais distantes não pagam nada – o que é um incentivo do governo do estado.
Em 2011 a produção da Central de Incubação – que completou 36 anos - foi de 403.212 pintos, atendendo 2.728 produtores familiares.