Exportação de ovos cresceu 61,2% em 2012, apontam números da Ubabef
Entidade divulgou números do setor em 2012, que apontam apenas 0,7% de aumento na produção e queda de 0,65% no consumo per capita.
Exportações de ovos cresceram em 2012; consumo caiu |
Reunida com a imprensa, em sessão coletiva ontem, dia 15, em São Paulo, a diretoria da Ubabef, a União Brasileira de Avicultura, anunciou os números consolidados para o setor avícola no ano de 2012.
Mantendo o posto de maior exportador mundial de frango, apesar da crise que sofreu, e o terceiro na linha de produção no mundo – atrás apenas dos Estados Unidos e da China -, o Brasil mostrou um tímido aumento na produção de ovos. Foram produzidas 31,7 bilhões de unidades, com crescimento de 0,7%, em relação ao ano anterior. Do total, 78% foram de ovos férteis e 22% de ovos vermelhos, informou a Ubabef.
“O Estado de São Paulo liderou a produção de ovos em 2012, com 36,6% de participação. Foi seguido por outros grandes produtores, como Minas Gerais, com 11,7%; Espírito Santo, com 7,7%; Paraná, com 7,1%; Mato Grosso, 6,1%; Pernambuco, 5,9%; e Rio Grande do Sul, com 5,3%.”
Embora tenha crescido em produção, o ovo sofreu queda no consumo per capita. Foram 161,53 unidades no ano passado, contra 162,5 unidades em 2011, uma redução de 0,65%. Nas exportações, com ovos processados ou in natura, o produto somou 26,8 mil toneladas em 2012, com crescimento de 61,2% em relação a 2011. A receita cambial, de US$42,6 milhões teve incremento de 50,8%. Angola, com 47% do total, e Emirados Árabes Unidos, com 38% das importações, foram os principais compradores do ovo brasileiro.
A redução na produção de frango por causa dos preços de milho e soja explicou a grave crise em 2012. Nesse quesito, os produtores de ovos também enfrentaram dificuldades para manter sob controle o insumo utilizado na ração das aves. “A avicultura brasileira enfrentou em 2012 a maior crise de sua história. E as consequências só não foram mais acentuadas porque estamos falando de um setor muito sólido”, destacou Francisco Turra, presidente executivo da Ubabef. Ele frisou, durante a coletiva à imprensa, que a produção avícola atravessou essa conjuntura mantendo seus atributos de qualidade, sanidade e sustentabilidade.
Segundo Turra, existe expectativa de maior produção de grãos por parte de países do Hemisfério Sul. E os contratos futuros para negócios com milho e soja indicam patamares de preços abaixo dos que foram praticados em 2012, que impactaram negativamente o setor. Mas alertou: “Trata-se de um alívio, mas ninguém deve esperar o retorno aos patamares históricos, anteriores à seca que atingiu a agricultura dos Estados Unidos e que provocou a disparada de preços dos grãos no mundo.”