Pavilhão brasileiro na China, em 2010: mostrando o potencial do país

Com o tema Alimentando o mundo com soluções, o Brasil vai participar da Expo 2015, a Exposição Universal de Milão, quando mostrará toda a sua potencialidade para produzir alimentos, expressa, principalmente, pelo agronegócio brasileiro. Quem está organizando a participação do Brasil nesse grande evento. que acontecerá entre maio e outubro de 2015, é a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex-Brasil. A Agência tem a missão de desenvolver a competitividade das empresas brasileiras, promovendo a internacionalização dos seus negócios e a atração de investimentos estrangeiros diretos.

O trabalho será feito sob a coordenação dos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e das Relações Exteriores (MRE). O contrato de participação do Brasil na Expo 2015 foi assinado na sexta-feira, dia 25 de outubro, pelo Comissário Geral do Pavilhão do Brasil, o presidente da Apex-Brasil, Mauricio Borges, e pelo Comissário Geral da Expo 2015, Giuseppe Sala.

Durante os seis meses de duração do evento, a capacidade tecnológica do Brasil será mostrada na área de produção de alimentos para atender às demandas mundiais de forma sustentável. Segundo informa a assessoria de imprensa da Apex-Brasil, em 50 anos - de 1960 a 2010 - a produção brasileira de grãos passou de 17,2 milhões de toneladas para 150,8 milhões de toneladas. A área plantada, no entanto, passou de 22 milhões de hectares para 47,5 milhões de hectares. "Com apenas o dobro da área, o país produz quase nove vezes mais. Essa evolução, baseada em tecnologia e inovação, é extremamente importante e tem impacto mundial, pois significa a oferta de alimentos competitivos e de qualidade não apenas para a população brasileira, mas para o mundo, em um cenário de preservação crescente do meio ambiente", afirma o Secretário Executivo do MDIC, Ricardo Schaefer.

"Será uma importante oportunidade para reforçarmos o posicionamento do Brasil como grande produtor mundial de alimentos, capaz de suprir as necessidades de uma infinidade de mercados", afirma Mauricio Borges, presidente da Apex-Brasil. "Vamos mostrar que a agricultura brasileira utiliza avançadas tecnologias que permitem o aumento da produtividade com cada vez menos recursos, preservando a riqueza biológica, imprescindível para o equilíbrio do planeta", completa.

As características territoriais, biológicas e climáticas do país permitiram o sucessivo aprimoramento da produção agropecuária. Ao longo dos últimos 20 anos, o Brasil registrou avanços significativos em temas como nanotecnologia, gestão ambiental e territorial, agricultura conservacionista, agroenergia e melhoramento genético de plantas visando à adaptação às variadas condições de solo e clima.

Tais fatores, aliado a uma indústria inovadora e tecnologicamente avançada, impulsionaram as exportações de produtos alimentícios e agropecuários do país, que hoje chegam a 200 países. Em 2012, o Brasil foi o quinto maior exportador mundial de produtos agrícolas e pecuários, alimentos processados e bebidas. As exportações de US$ 66,5 bilhões asseguraram ao Brasil a participação de 5,7% no comércio mundial do segmento.

O Brasil estará presente na Expo 2015, em Milão, na Itália, com um pavilhão 4 mil m², que será escolhido por meio de concurso público organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). Localizado próximo à entrada oeste da área da Expo e à estação de metrô, o Pavilhão está numa posição estratégica, por onde passará mais de 60% do público visitante, estimado em 20 milhões. O espaço abrigará exibições, atividades culturais e gastronômicas, seminários, eventos de negócios e de relacionamento.

A Exposição Universal foi realizada pela primeira vez em 1851, em Londres, e é organizada a cada cinco anos, sempre em um país diferente.  Com uma área total de 1,7 milhão de m² e 137 países participantes, a edição de 2015 será realizada em Milão e terá o tema Alimentando o Planeta, Energia para a Vida.

Em 2010, foi sediada na China, com participação de 190 países e 50 organizações internacionais. A Apex-Brasil foi, então, a responsável pela organização do Pavilhão brasileiro e pelas atividades realizadas ao longo dos seis meses de duração do evento. A agenda de negócios contou com seminários de oportunidades de investimentos, encontros de negócios, workshop com operadores de turismo, entre outras ações. Houve ainda a realização de cinco Fóruns Temáticos e uma intensa programação cultural, com 197 eventos, entre shows musicais, de dança e atividades com estudantes.

A cidade que sediará a Exposição Universal em 2020 será anunciada em novembro. São Paulo se candidatou e concorre com Dubai (Emirados Árabes), Ecaterimburgo (Rússia) e Izmir (Turquia).

(A Hora do Ovo, com informações da assessoria de imprensa da Apex-Brasil)