Vacinas inativadas são ferramentas estratégicas na sanidade avícola
Especialista da MSD Saúde Animal orienta sobre como fazer a melhor escolha para o sucesso sustentável da cadeia produtiva.
O uso de vacinas inativadas como parte de um programa de controle de enfermidades é uma prática globalmente adotada pela indústria avícola. Eficazes na manutenção da saúde e do bem-estar dos animais, elas também previnem prejuízos econômicos e permitem que as aves manifestem seu máximo potencial de produção. E o controle de doenças é uma das ações que convergem para o sucesso sustentável da cadeia produtiva, e o resultado está diretamente associado à correta escolha da vacina inativada.
A médica-veterinária Simone Martins, especialista técnica de matrizes da unidade de negócios de Avicultura da MSD Saúde Animal, explica que a avaliação criteriosa das opções de vacinas inativadas disponíveis deve levar em consideração fatores como valência, viscosidade, densidade, qualidade de emulsão, proteção contra os diferentes desafios de campo e transferência adequada de anticorpos das matrizes as suas progênies.
“As vacinas podem possuir de uma a múltiplas valências, e variam em apresentação, sorotipos e aspectos físico-químicos, como viscosidade, densidade e emulsão – características relevantes de um adjuvante para modulação da imunidade”, diz a profissional.
Os adjuvantes podem aumentar a imunogenicidade de antígenos, bem como a velocidade e o tempo de duração da resposta imunológica. Adjuvantes contendo sistemas de liberação de antígenos, como o hidróxido de alumínio e emulsão óleo/água, são os mais utilizados nas vacinas comerciais (MOLITOR et al, 1985).
“A qualidade de emulsão é um fator crítico para a efetividade de uma vacina inativada. Não basta conter a quantidade correta de cada fração antigênica, é crucial que todos os elementos estejam distribuídos de maneira homogênea, fazendo com que cada dose aplicada seja capaz de produzir o estímulo imunológico necessário para a proteção da ave vacinada (imunidade ativa) e de sua progênie (imunidade passiva)”, afirma Simone.
Ainda segundo a especialista, quanto mais homogênea uma vacina for microscopicamente, mais uniforme tende a ser a liberação de antígenos durante sua ação. “Vacinas com grandes esferas oleosas podem resultar em comportamento irregular e, consequentemente, resposta imune insatisfatória em lotes vacinados. As que são excessivamente viscosas tendem a lesionar o peito das aves, causando prejuízos. Já as vacinas pouco densas tendem a dificultar a liberação de antígenos.”
Um estudo comparativo entre as emulsões utilizadas nas vacinas inativadas disponíveis no Brasil, entre elas a Nobilis® RT+IBMulti+G+ND, da MSD Saúde Animal, demonstra claramente a diferença visual entre os quatro produtos testados (figura 1). A comparação ressalta a alta homogeneidade da vacina Nobilis® RT+IB muIti+G+ND, diferentemente das demais. Isso porque a companhia utiliza em sua linha Nobilis® de vacinas inativadas a tecnologia de microemulsão, com partículas cerca de 100 vezes menor quando comparadas às emulsões convencionais (Langevin, 1988; Rosano, 1974).
E suas características refletem o forte posicionamento no setor. Dados apurados no primeiro semestre de 2023 demonstram que a Nobilis® RT+IBMulti+G+ND, que atua contra Rinotraqueíte Aviária, Bronquite Infecciosa, Doença de Gumboro e Doença de Newcastle, acumula resultados expressivos no mercado avícola nacional. De acordo com os números levantados, uma a cada duas matrizes alojadas no país recebeu, pelo menos, uma dose dessa vacina durante a fase de recria.
No caso da doença de Gumboro, que pode infectar as aves nos primeiros dias de vida, amostras coletadas e analisadas (teste de ELISA) pela equipe técnica da MSD Saúde Animal, em parceria com um produtor, demonstrou que a vacina em questão tem resultados consistentes tanto nas matrizes quanto em suas respectivas progênies, garantindo uma proteção duradoura, conforme indicam os gráficos abaixo.
Além disso, um estudo realizado com cinco grupos de aves SPF (livres de patógenos específicos), com diferentes programas vacinais de inativadas e desafiadas com cepas de Bronquite Infecciosa (M41, 4/91, QX, Q1, VAR 2), apontou diferentes níveis de efetividade da proteção cruzada (cepas heterólogas) dessas inativadas. A Nobilis® RT+IB MuIti+G+ND, por contemplar duas cepas de bronquite infecciosa em sua constituição (D274 e M41), faz com que o espectro protetivo para isolados homólogos e heterólogos seja ampliado frente a outras vacinas inativadas do mercado brasileiro.
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(Texto: assessoria de imprensa da MSD Saúde Animal. Imagem no destaque: Wolfgang Ehrecke/Pixabay)
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