Produção brasileira de ovos cai na comparação trimestral
Baixa foi de 3% entre o último trimestre de 2018 e os primeiros três meses deste ano; queda como essa só ocorreu há 22 anos.
A produção nacional de ovos teve uma queda de 3% na passagem do último trimestre de 2018 para o primeiro trimestre deste ano. É o que demonstra o IBGE e indica a reportagem do jornal Extra, do Rio de Janeiro. Na matéria, o jornal traz a comparação histórica dessa queda com os anos 1990, quando foi iniciado esse tipo de comparação. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística avalia que tamanha queda só aconteceu em 1997.
Genival Beserra, presidente da Rede Unno - que conta com 7 supermercados no Rio de Janeiro - creditou a elevação dos preços nos mercados à alta demanda pelo produto, na Semana Santa. “Em função da demanda da Semana Santa, que deu uma aquecida na reposição dos mercados, o ovo vai se manter um pouquinho elevado em relação ao preço anterior. Mas logo em seguida voltará o preço ao normal.”
Segundo o consultor de varejo Marco Quintarelli, entrevistado pelo jornal Extra, a motivação são as alterações climáticas. "O calor anormal para essa época do ano, já que é outono, está interferindo na fertilidade das galinhas, que preferem beber água à comer e, como consequência, produzem menos. Mesmo assim, os ovos ainda são a proteína mais barata que temos."
Apesar da queda em relação ao último trimestre de 2018, a produção de 908,43 milhões de dúzias do primeiro trimestre deste ano é 5,6% maior do que a registrada no mesmo período do ano passado. Quintarelli destaca que os preços dos ovos comuns são competitivos. No entanto, está surgindo uma nova gama de produtos, com preços diferenciados. "O que tem acontecido é agregar valor ao ovo e cobrar mais caro por isso. Hoje há ovos com alto teor de ômega3, ovos caipiras, orgânicos. Mas acredito que os preços dos ovos comuns não devem subir por enquanto."
(A Hora do Ovo, com informações do jornal Extra. Foto: divulgação)
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