Assim como no Brasil no início da pandemia do coronavírus, também nos Estados Unidos o preço dos ovos disparou nos supermercados. Os consumidores norte-americanos correram em busca de abastecimento, com medo de faltar o produto durante a quarentena. 

Em abril, o aumento dos preços dos ovos, juntamente com a mudança de preços de outros produtos alimentícios, levou os supermercados a fazer malabarismos para tentar conter a alta. O xadrez da questão para os estabelecimentos era  manter as gôndolas abastecidas com preços acessíveis.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, os preços dos ovos para o varejo estavam, em média, 94 centavos a dúzia no início de março; já nos primeiros dias de abril, o preço da dúzia chegou a US$3,01. Esse aumento percentual é bem superior aos aumentos de preço de outros alimentos básicos no mercado americano.

Para se ter uma ideia, os custos no atacado de frangos inteiros, manteiga, queijo e presunto caíram, apesar dos consumidores estarem correndo para estocar. Isso aconteceu, em parte por causa da queda da demanda nos restaurantes, que se mantinham fechados à presença do público.

Embora a demanda súbita e crescente do consumidor por ovos, com alguns supermercados encomendando de quatro a seis vezes seu volume normal, a situação dos avicultores de postura não é das melhores. A alta demanda ocorre após um ano de perdas de rendimento para muitos produtores de ovos nos Estados Unidos. Muitos avicultores precisaram reduzir seu plantel de poedeiras.

Para os supermercados, essa rápida mudança de elevação dos preços de ovos ao consumidor no início da pandemia foi um desafio para o planejamento e o orçamento das lojas. Os altos preços frustraram os gerentes de compras de algumas redes de supermercados, que trabalharam para garantir suprimentos ao mesmo tempo que precisavam manter os preços estáveis ​​para os consumidores.

O desafio prossegue, ainda que os preços dos ovos baixem consideravelmente. Os varejistas estimam baixos estoques direcionados aos mercados, por conta da alta demanda, aliada à redução dos planteis nos aviários e ao fato de que poucos avicultores investiram na construção de novos aviários.

(A Hora do Ovo, com informações da imprensa europeia e americana)