Especialistas defendem aumentar exportações do setor de ovos

Especialistas defendem aumentar exportações do setor de ovos

Durante a Conbrasul Ovos 2019, debatedores defenderam mercado externo, como forma de combater a vulnerabilidade da postura às variações do mercado interno.

Ovonews

junho 25, 2019

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Ampliar as exportações de ovos e agregar valor ao produto são algumas das oportunidades mais importantes e desafiadoras da avicultura de postura no Brasil, defenderam alguns dos debatedores da 2ª. Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Ovos no dia 17 de junho, em Gramado, na serra gaúcha.

No evento, realizado pela Asgav – Associação Gaúcha de Avicultura - e Programa Ovos RS, foram tratados diversos temas que são desafios à avicultura de postura brasileira, entre eles, a difícil métrica das exportações de ovos, que hoje não chegam a 1% da produção nacional.

Problemas sanitários em vários países, como surtos de influenza aviária e peste suína africana, aliados à guerra comercial travada entre Estados Unidos e outros países, especialmente a China, formaram um cenário muito favorável às exportações de proteína animal brasileira, defendeu Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, a ABPA. Em debate acalorado durante a Conbrasul, Turra considerou: “Eu não vejo um momento mais positivo para as exportações brasileiras, a melhor dos últimos 12 anos. E o ovo deve aproveitar essa oportunidade, já que a proteína animal brasileira tem uma imagem muito boa no cenário internacional graças ao status sanitário diferenciado do nosso plantel”, disse Turra.

É importante lembrar que a ABPA conta com um programa específico para divulgação do ovo brasileiro no mercado internacional, em parceria com a APEX. É o Brazilian Egg, que está presente e em ação em todas as feiras das quais a ABPA participa no exterior.

A economista Danielle Guimarães, da Farsul, a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, também tratou do tema em sua palestra sobre o cenário econômico para os ovos. Ela apontou o cenário externo como a melhor estratégia para reduzir a vulnerabilidade da avicultura de postura às variações de mercado. “O Brasil é apenas o 17º. exportador mundial de ovos, o que representa menos de 1% do total exportado no mundo. Existe uma oportunidade aí que pode nos deixar mais protegidos das variações do mercado interno”, salientou. 

Na mesma linha, o avicultor Ricardo Faria, da Granja Faria, afirmou que o aumento de produção de ovos no país não se sustenta sem o crescimento do consumo. “Por isso, o mercado externo é tão importante”. O diretor do Grupo Mantiqueira, Guilherme Moreira, lembrou que o setor não tem investido em inovações ressaltando a falta de interesse no mercado externo. “A gente [Grupo Mantiqueira] exporta de 20 a 30 contêineres por mês. Com investimentos em exportação e marketing de ovos especiais começaram a criar demanda. Então é isso. Somos nós que temos que gerar a demanda. O Brasil começou a ampliar nossas exportações, mas parou porque o mercado interno estava muito aquecido, o que quer dizer que exportar não é premissa, mas existe uma demanda e a gente também pode exportar agregando mais valor”, analisou.

(A Hora do Ovo, com informações da assessoria de imprensa da Conbrasul Ovos 2019. Foto: Teresa Godoy)

tag: Conbrasul , Exportação , ABPA , Apex , Grupo Mantiqueira , Granja Faria , Brazilian Eggs , Francisco Turra ,

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