Chuvas retardam evolução da colheita de soja no Brasil
Apesar dos efeitos do clima, os trabalhos no campo ainda seguem bem acima dos 36,4% de 2018, informam o Datagro e o Cepea.
As recentes chuvas têm atrapalhado os trabalhos de campo e gerado preocupações quanto à qualidade da soja, de acordo com informações do Cepea, o Centro Avançado de Economia Aplicada da Esalq/USP. Segundo o órgão, caso esse cenário de volume elevado de precipitações e luminosidade reduzida persista, os grãos que ainda estão nas lavouras podem ser prejudicados, especialmente em regiões do Sudeste, Centro-Oeste e do Matopiba (região que compreende o bioma Cerrado dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
“Quanto aos negócios, diante da maior incerteza quanto à produtividade da atual temporada, sojicultores brasileiros voltaram a reduzir as vendas”, informa o Cepea. “O menor interesse de negociação também se deve à queda nos valores futuros na CME Group (Bolsa de Chicago), à redução nos prêmios de exportação no Brasil, à desvalorização cambial e à demanda relativamente estável.”
Segundo a Datagro, consultoria agrícola independente, até 1º de março a colheita chegou a 47,9% da área, contra 43,0% da semana anterior. Apesar dos efeitos do clima, os trabalhos no campo ainda seguem bem acima dos 36,4% de 2018 e dos 38,9% da média para 5 anos.
A consultoria informa ainda que, “o maior índice de precipitações também afetou a colheita de milho de verão 2019 na região Centro-Sul, que chegou a 31,7% sobre 27,3% da área registrado na semana anterior. Esse percentual ainda está acima dos 26,3% em igual momento de 2018, porém pouco abaixo dos 32,8% da média para cinco anos.”
Já para o milho de inverno, conclui a consultoria, “76,2% da área esperada já foi semeada, acima dos os 68,2% da semana passada. O plantio também é maior em relação aos 67,0% de 2018 e dos 69,3% da média para os últimos 5 anos.”
(Fontes: Dataagro, Cepea e Agrolink)
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