Tecnobach comemora 18 anos com expansão das vendas de sua máquina desidratadora de esterco
Com a tecnologia da Tecnobach, os dejetos das galinhas passaram de problema ambiental à solução sustentável e lucrativa para os avicultores.
Especializada em transformar o esterco de galinha em adubo orgânico para uso na agricultura, a empresa Technobach vive um momento muito especial. Tem várias máquinas instaladas em dezenas de granjas brasileiras, vários projetos em fase de implantação e comemora suas duas primeiras vendas internacionais, em Portugal e no Paraguai.
Empresa familiar constituída em 2006, em Colinas, no Rio Grande do Sul por Lauro Sulzbach e seu filho, o engenheiro mecânico Alexandre Sulzbach (foto no destaque), há oito anos passou a se dedicar ao desenvolvimento e montagem de máquinas que fazem a desidratação contínua das fezes de galinhas poedeiras. É um equipamento patenteado que provoca a evaporação do excesso de umidade do esterco, ao mesmo tempo em que trata, estabiliza e torna o material granulado. E com um diferencial muito importante: o produto final não tem cheiro e está pronto para ser vendido como adubo para a agricultura.
A tecnologia desenvolvida no Rio Grande do Sul agora atende granjas de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraíba, Sergipe, Maranhão e Ceará. E, agora, também, no Paraguai e em Portugal. O criador dessa tecnologia é o empresário gaúcho Alexandre Sulzbach, um inquieto engenheiro mecânico que não para de pesquisar e investir na evolução do desidratador.
Enfático, Alexandre diz que a tecnologia da Tecnobach dá fim ao estresse que o avicultor tem com o esterco. “O produto final tratado e estabilizado pela nossa tecnologia é realmente diferenciado porque o equipamento retira o excesso de umidade, de acordo com a necessidade do produtor. É tratado em um processo muito rápido: o esterco sai do galpão, é colocado no equipamento e é processado em torno de uma hora e meia a duas horas, de forma contínua. E sai seco, em pequenos grânulos e já sem cheiro. Portanto, não atrai mosca, não oferece risco sanitário e está pronto para ser utilizado como adubo orgânico.
A TECNOBACH E AS GRANJAS DE POSTURA

A trajetória da Tecnobach não começou pelas granjas de postura, mas foi nesse segmento que a engenharia proposta por Alexandre Sulzbach ganhou pontos, cresceu e se consolidou. “Vivi várias fases na minha vida profissional, tanto individualmente quanto ao lado do meu pai, o Sr. Lauro”, conta Alexandre, destacando a veia empreendedora dos dois, sempre enfrentando os desafios com coragem e persistência. Foi assim que, em 2016, pai e filho resolveram vender a fábrica de granulação de adubos que haviam montado, buscando resolver uma crise, e receberam a visita de um produtor de ovos da região, interessado no equipamento. “Durante a conversa, ele explicou que tinha um grande problema com o esterco da granja”, relembra Alexandre, “mas o equipamento que tínhamos, nessa época, não havia sido projetado para esterco de aves.”
Logo Alexandre viu ali uma oportunidade para um novo negócio e se dispôs a trabalhar naquela máquina e desenvolver algo que ajudasse o avicultor com o esterco. “Instalamos na granja aquela máquina e, ao longo de mais de um ano, trabalhamos nos ajustes, experimentando, anotando os resultados, melhorando, usando todo o conhecimento e experiência que tínhamos, aliados à pesquisa e desenvolvimento. Percebemos uma oportunidade, afinal, aquela não era a única granja do Brasil com aquele problema. Aquilo me motivava ainda mais a buscar uma solução viável técnica e financeiramente”. E o resultado foi alcançado: foi possível transformar o esterco verde (úmido, malcheiroso e com patógenos) em adubo orgânico sem cheiro, granulado, seco e comercializável.
“Vencido o desafio, oferecemos ao avicultor um equipamento com o porte e a capacidade para atender à demanda da sua granja. Ele aceitou e, assim, vendemos nossa primeira instalação”. Hoje, o equipamento da Tecnobach soma mais de 30 instalações distribuídas em granjas pelo Brasil, tratando cerca de 1200 toneladas de esterco por dia, processando os dejetos de 12 milhões de aves, produzindo mais de 13 mil toneladas de adubo seco e granulado por mês. “Em 2024, iniciamos o processo de vendas fora do Brasil, começando pelo mercado aquecido do Paraguai e abrindo o mercado europeu, com Portugal.”
TRAJETÓRIA DE DESAFIOS
São 18 anos junto ao agronegócio. Uma trajetória vencida com determinação e vontade, aponta Alexandre. “Podemos dizer que tem sido um crescimento constante, em aprendizado, experiência e avanço técnico. Como toda empresa, passamos por momentos bons, momentos difíceis e desafiadores, mas, por se tratar de uma empresa familiar e determinada, conseguimos superar juntos cada obstáculo do caminho.”
Satisfeito com o que construiu junto a sua família, Alexandre não se esquece de tudo que passaram. “Iniciamos em 2006. Meu pai, Lauro, sempre foi uma pessoa muito inteligente e com espírito empreendedor. Nosso foco inicial era fabricar equipamentos para indústria de óleos vegetais, migrando com o tempo para fábrica de rações, secadores rotativos e movimentação de grãos. A partir de 2017 passamos a atender granjas em função da demanda do esterco, o que se tornou o carro-chefe da empresa”, relembra.
Em 2019 veio a oportunidade de vender a empresa, conta Alexandre: “Fomos procurados por uma gigante estrangeira interessada em comprar a Tecnobach e as negociações eram muito interessantes do ponto de vista financeiro, mas feriam um ponto ético/moral do nosso objetivo, já que a empresa deixaria de atender às granjas pequenas, focando apenas nas grandes, com produção acima de 1 milhão de aves”. Não houve negócio.
Em 2020, mais um grande desafio: a chegada da pandemia de Covid-19, que impossibilitou o fluxo de trabalho, com clientes suspendendo pedidos e outros postergando investimentos. “Naquele período achei que não íamos conseguir vencer os obstáculos, mas a fé e a persistência falaram mais alto”, relembra. O empresário diz que o dinamismo do mercado é grande e que, por isso, foi montado um planejamento estratégico para continuar evoluindo técnica e comercialmente, com foco no aprimoramento da assistência aos clientes.
Dando os primeiros passos no atendimento a mercados externos, a Tecnobach mantém sua base forte no país e se prepara para crescer globalmente. “O mercado brasileiro é o nosso berço e temos muita gratidão aos avicultores do nosso país por fazerem parte de nossa história. De forma estruturada, também lançamos um olhar de expansão para outros mercados, como a América Latina e a Europa, para expandir ainda mais em 2025.”
Os desafios não param. É assim que se cresce, é aí que está, também, a evolução.
GRUPO FARIA ADOTA A TECNOLOGIA DA TECNOBACH

ELISEU RIBEIRO RAMOS, do Grupo Faria: adubo orgânico produzido pelo equipamento da Tecnobach é muito bem aceito nas propriedades rurais próximas a cada unidade do Grupo Faria.
O Grupo Faria faz o processamento do esterco com máquinas Technobach em cinco unidades. A primeira granja a ter o equipamento foi o Aviário Santo Antônio, em Neponuceno (MG), depois vieram as granjas BL (ES e GO). Mais recentemente, a máquina foi instalada na Granja Marutani (PR).
Eliseu Ribeiro Ramos, gerente corporativo de Fertilizantes do Grupo Faria, disse que a máquina da Tecnobach atende muito bem às necessidades de processamento do grande volume de esterco gerado nas granjas do grupo, e elogiou o pronto atendimento do engenheiro Alexandre Sulzbach, presencial ou remoto. ”O atendimento é sempre rápido e isso é um diferencial importante”, disse Eliseu, que é químico de formação e técnico em mineração.
O esterco esterilizado e granulado produzido pelo equipamento da Tecnobach é muito bem aceito nas propriedades rurais próximas a cada unidade do grupo. No Espírito Santo a venda do adubo orgânico é muito rápida devido à grande produção de verduras e café, culturas que necessitam desse tipo de esterco em grande quantidade e por todo o tempo das culturas. “Chega a faltar, tal é a demanda”, diz o gerente. Em Minas Gerais a procura é dos produtores de milho e café, e no Paraná o substrato é usado nas culturas de milho e soja.
Eliseu diz que a preocupação do Grupo Faria com secagem do esterco não é garantir lucros com a venda, mas principalmente não gerar problemas ambientais e apoiar a sustentabilidade do planeta.
TECNOBACH CHEGA A GRANJA LA NECA, NO PARAGUAI

ROLANDO RAMIREZ, da Granja La Neca, no Paraguai, optou pela Tecnobach pela relação custo-benefício e eficiência do equipamento.
O secador de esterco da Tecnobach evoluiu junto com a avicultura de postura. Hoje, ele se integra à linha de produção de várias granjas e até março deste ano estará também no Paraguai.
É o que confirma Rolando Ramirez, proprietário da Granja La Neca, que fez a compra do equipamento depois de muita pesquisa, inclusive no exterior. Chegou a viajar para a Ásia para estudar equipamentos e, ao pesquisar a relação custo-benefício e conhecer a máquina da Tecnobach em funcionamento, não teve dúvidas: garantiu a compra.
Para ele, o equipamento da fábrica brasileira é perfeito para o perfil de sua granja, que busca qualidade de ponta a ponta. “Da fábrica de ração à produção do adubo, procuramos manter a linearidade no padrão da granja”, confirma o avicultor. “Fomos visitar a fábrica da Tecnobach em Colinas, no Rio Grande do Sul. Vimos os materiais e, o mais importante, vimos funcionar uma máquina similar à capacidade que necessitávamos. O que mais gostei foi a qualidade e a velocidade com que o equipamento seca o produto, sem odores”, elogia o produtor paraguaio, cuja granja está localizada a 60 km da capital Assunção.
A Granja La Neca está automatizada em todas as etapas da produção. “Investimos em tecnologia para manter sempre a alta eficiência, além de estarmos alinhados com o meio ambiente e o bem-estar animal”, destaca Rolando.
GRANJA CARVIL ATESTA A QUALIDADE DO EQUIPAMENTO DA TECNOBACH

RICARDO CARNEIRO, da Granja Carvil (CE): "O equipamento resolveu nosso problema com o esterco úmido e passamos a ter um adubo de qualidade para vender e que contribui com o meio ambiente."
O avicultor Ricardo Carneiro, da tradicional Granja Carvil, de Quixadá, no Ceará, conheceu a secadora da Tecnobach em uma reportagem do Globo Rural que mostrava a avicultura capixaba. Ele estava justamente buscando uma solução para o grande volume de esterco na sua propriedade. Visitou a fábrica da empresa, no Rio Grande do Sul, em agosto de 2024, gostou do que viu e ali mesmo fechou negócio. E está muito satisfeito:
“Resolveu nosso problema com o esterco úmido, passamos a ter um adubo de qualidade para vender e que contribui com o meio ambiente”. O produto também torna mais fértil as terras que Ricardo tem a 50 km da granja, com plantação de cajueiros. “O pouco de esterco que sobra vendemos para outros produtores de caju”, explica.
Ricardo diz que o processamento correto do esterco também melhorou as condições sanitárias do plantel, pois acabou com o grande volume de moscas e o mau cheiro, além de outras implicações que podem surgir com o grande volume de fezes úmidas. Na granja são processadas cerca de 25 toneladas de esterco bruto, que geram de 12 a 15 toneladas de esterco granulado e seco, sem odor. “E com apenas dois funcionários é possível operar a máquina, que produz um adubo de muita qualidade. Indico o produto da Tecnobach, pois vale o investimento”, disse, categórico, elogiando também a competência do engenheiro Alexandre Sulzbach: “É um profissional muito competente e dedicado ao trabalho que desenvolve.”
(A HORA DO OVO. Texto: Teresa Godoy. Fotos: divulgação Tecnobach, Grupo Faria e Granja Carvil)
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