A notícia saiu na TV Tem, afiliada da Rede Globo no centro-oeste paulista: o forte calor está afetando as aves poedeiras do maior produtor de ovos do Estado de São Paulo, o segundo maior produtor de ovos do país. Em Bastos, no Oeste Paulista, nessa semana, estima-se que mais de 30 mil aves tenham morrido por causa do calor extremo. Mas, mesmo sem mortalidade, os planteis ficam comprometidos com o calor, o que resulta no estresse das aves e, portanto, na queda de produção.

O resultado é a alta do preço dos ovos, que os produtores e os mercados compradores já estão sentindo. Depois de 12 dias sem alteração de preços, o preço da caixa de ovos brancos extra para retirar nas granjas em Bastos (SP) disparou. Passou do patamar de R$84,00 para R$93,00, uma alta de expressivos 10,8%.

Francisco Oura, expert do mercado local e criador do site www.ovoonline.com.br, disse à jornalista Elenita Monteiro, da A Hora do Ovo, que a mortalidade aconteceu em maior número no sábado, quando a temperatura chegou a 41 graus. Ele aponta que o preço do milho continua num patamar muito alto – R$60,00 a saca - o que só deixa o mercado ainda mais complicado para o produtor, pois a carestia do insumo se soma agora com o prejuízo provocado pelo aumento da mortalidade de aves e a queda na produtividade.

A reportagem da TV TEM ouviu avicultores que estavam espantados com o calor. Eles disseram que nunca viram um calor tão forte que durou por tanto tempo na cidade.

De acordo com o Inmet, Bastos registrou temperaturas acima de 40º C nesta semana, chegando a atingir 41,4º C no sábado, dia 3 de outubro. A reportagem ouviu o avicultor Sérgio Kakimoto, que explicou que as aves suportam um calor de até 39º C: “Esse é o limite na sensação térmica, mas tem feito mais de 40º C, então elas não estão aguentando", explicou Kakimoto que, além de avicultor é médico veterinário.

Com o calor, as aves se alimentam menos, sofrem com o estresse calórico e produzem menos ovos. Com a produção menor, o preço do produto já está mais alto.

Bastos é responsável por 36% da produção do Estado de São Paulo.

(A Hora do Ovo, com informações e foto da TV TEM)