Sobem produção e consumo de ovos; caem exportações do produto

Sobem produção e consumo de ovos; caem exportações do produto

Números apresentados à imprensa pela Ubabef, no último dia 16, demonstram queda de 54% na exportação de ovos em 2013; mercado interno foi bom.

Ovonews

janeiro 19, 2014

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Coletiva da Ubabef com a imprensa: boas notícias para o ovo

As notícias foram boas para o ovo durante a coletiva promovida com a imprensa pela Ubabef, a União Brasileira de Avicultura. Foi no último dia 16 de janeiro, em São Paulo, na sede da entidade, que os diretores da Ubabef apresentaram aos jornalistas os números oficiais do ano de 2013. Neles, o ovo faz boa figura, tanto na produção quanto no consumo.

Segundo os dados da entidade, o Brasil produziu 34,12 bilhões de ovos em 2013, número 7,4% maior em relação a 2012. O consumo per capita nacional também cresceu, chegando a 168,7 unidades per capita, ao ano, contra 162 do ano anterior.  

As boas notícias continuam quando são divulgadas as perspectivas para 2014. Neste ano, segundo a Ubabef, espera-se um crescimento superior a 8% na produção de ovos, o que alcançaria os 37 bilhões de unidades.

Mas na área de exportação, o setor de postura não foi nada bem em 2013, conforme apontam os números da entidade avícola. “Em 2013, os embarques de ovos in natura e processados totalizaram 12,39 mil toneladas, resultado 54% menor em comparação ao ano anterior.  Com esse resultado, os embarques do segmento atingiram receita de US$21,23 milhões, queda de 50%, segundo o mesmo período comparativo”, informa a Ubabef.

Os números da entidade demonstram que os ovos in natura ainda representaram o principal produto, com 90% do total.  Em seguida, veio o ovo integral líquido, que representou 8% das exportações, seguido da clara desidratada, com 2% do total exportado.  

No segmento in natura, Angola foi o principal importador do ovo brasileiro, com 40% do volume total exportado pelo Brasil. Em segundo lugar estiveram os Emirados Árabes Unidos, com 25%.  A Bolívia ficou na terceira posição, tendo importado 8% do volume total brasileiro.

No quesito ovos processados, o Uruguai e os Emirados Árabes Unidos dividiram o primeiro posto como importadores do produto brasileiro: as duas nações ficaram com 25% do total exportado para cada destino. Segundo maior importador, o Japão foi responsável por 22%.  Em terceiro lugar ficou Cuba, com 14%.

“Os embarques de ovos férteis atingiram 7,51 mil toneladas em 2013, volume 25% menor em relação ao ano passado. Em receita, houve queda de 26%, com US$ 44,97 milhões”, informa a Ubabef.

De acordo com Francisco Turra, presidente da União Brasileira de Avicultura, há uma expectativa boa em relação às exportações de 2014, no que diz respeito ao ovo. Ele diz que é aguardada a superação dos níveis de 2012, com o reestabelecimento dos embarques para a Angola, prejudicados durante o segundo semestre de 2013. “Também há expectativa com relação à abertura do mercado europeu, após a conclusão do PNCRC do setor de postura”, salientou Turra.

As exportações da avicultura brasileira, como um todo (carne de frango, peru, patos e marrecos, ovos, material genético, pintos e ovos férteis) totalizaram 4,07 milhões de toneladas em 2013, resultado 1,5% menor em relação a 2012. Em receita, houve crescimento de 2,3%, atingindo US$ 8,55 bilhões.  Segundo Turra, o bom desempenho dos embarques de carne de frango e material genético garantiu o resultado positivo das receitas de exportações. “A avicultura brasileira manteve seu papel determinante no resultado das exportações do agronegócio brasileiro, com 8,6% dos US$ 99,97 bilhões divulgados pelo Ministério da Agricultura”, destacou.

Nesse sentido, de acordo com o presidente executivo da Ubabef, ações estratégicas de fortalecimento à imagem do produto avícola brasileiro, por meio de parcerias com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) foram determinantes para a manutenção dos resultados das exportações de carne de frango – principal produto da pauta do setor – por meio da marca setorial Brazilian Chicken. “As ações em parceria com a Apex-Brasil geraram expectativas positivas para a avicultura. Para o segmento de frangos, por exemplo, promovemos a maior ação já realizada em feiras internacionais do setor avícola, durante a Anuga 2013, na Alemanha. Em ovos, consolidamos recursos financeiros para a conclusão do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC), o que favorecerá o processo de abertura do mercado europeu para o segmento, possibilitando a ampliação dos resultados da marca setorial Brazilian Egg”, destacou.

(A Hora do Ovo, com informações e foto da assessoria de imprensa da Ubabef)

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