Quatro verdades e uma mentira sobre o ovo
Entre o mito e a verdade,o ovo continua na polêmica; agora, com boas notícias.
Ovo: polêmicas estão sempre rondando esse produto |
O título é instigante: 4 verdades (e 1 mentira sobre o ovo). A matéria é animadora e publicada na revista Viva Saúde, da Editora Escala, em abril de 2009, com direito a capa para o ovo. O material surgiu na feliz avalanche de notícias favoráveis ao consumo de ovos, resultado das divulgações sobre pesquisas sérias comprovando os efeitos benéficos dos muitos nutrientes do abençoado produto das poedeiras.
Naquela revista, especificamente, a matéria tratou da pesquisa realizada pela Universidade do Kansas (EUA), em que ficou demonstrado cientificamente que apenas uma parcela do colesterol sanguíneo provém da dieta. A maior parte, pontou a pesquisa, é produzida pelo próprio organismo. E diz a revista, textualmente: “O ovo possui um substância (fosfolipídeo) capaz de interferir na absorção do colesterol, impedindo sua captação pelo intestino, que é responsável por levar tal substância para o sangue. Portanto, aumentar a ingestãode colesterol não provoca necessariamente elevação importante em seus níveis”.
E vamos às 4 verdades e 1 mentira sobre o ovo a que a Viva Saúde se dedicou a explorar naquele material (alertando que estamos colocando apenas parte do texto publicado pela Viva Saúde)
VERDADE: O ovo aumenta o bom colesterol
- Algumas pesquisas têm apontado que apenas 1/3 do colesterol do ovo é absorvido pelo organismo, sendo que o ser humano precisa de doses normais de colesterol para algumas funções importantes no organismo, como a formação de hormônios. E o principal: o consumo de ovo aumenta a quantidade de HDL (colesterol bom), que é considerado um fator preventivo contra a arterosclerose (quando placas de gorduras se formam nas paredes das artérias).
VERDADE: O ovo ajuda a manter os músculos
- Na clara, mais especificamente na ovoalbumina - que é a proteína da clara - há uma boa quantidade de leucina, um aminoácido utilizado em suplemento nutricional que evita a perda de musculatura e é consumido por alguns atletas. Na gema, a leucina também aparece, porém em menor quantidade. Hoje se sabe que o ovo proporciona a mistura ideal de aminoácidos essenciais (aqueles que não são produzidos pelo organismo), na quantidade e relação correta para favorecer o crescimento e o reparo dos músculos.
VERDADE: O ovo favorece o emagrecimento
- Alimento de alta saciedade, o ovo faz com que a pessoa fique menos tempo com fome e demore mais a ter necessidade de comer. A constatação veio de um estudo publicado no Journal of Clinical Nutrition, de 2005, realizado depois em universidades como a Wayne State University e pelo Departamento de Infecções e Obesidade do Centro Médico da Universidade da Louisiana, ambas dos EUA. A responsável pela sensação de saciedade que o ovo proporciona é a proteína do alimento. Como tem todos os aminoácidos essenciais, ovo exige uma digestão mais lenta. E como a gema é cheia de gorduras, monoinsaturadas e ômega-3 – consideradas “do bem” – ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue. Em equilíbrio, evita picos de insulina e aquela vontade louca de beliscar.
VERDADE: O ovo aumenta a memória e diminui a ansiedade
- Nos últimos anos algumas pesquisas demonstraram que a colina, uma substância nutritiva encontrada em alguns alimentos, é importantíssima para melhorar a memória a capacidade cognitiva e para a formação de novos neurônios. Logo, a colina é importantíssima para prevenir doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson. O ovo é uma ótima fonte de colina, que é também importante durante a gravidez, pois ajuda no desenvolvimento do feto. E ainda: por ser uma excelente fone de triptofano – aminoácido precursor da serotonina, uma substância associada à sensação de bem-estar –, ajuda a acalmar os ânimos, reduzindo a ansiedade, o mau-humor e a irritação durante a TPM.
E vamos à MENTIRA: O ovo aumenta a incidência de doenças cardiovasculares
Nada disso! Hoje muitas pesquisas sérias tiraram o ovo deste banco dos réus, com provas suficientes para absolver o alimento da grave acusação de ser o vilão do coração. Ficou comprovado que não existe relação entre o colesterol presento no ovo e o aumento das taxas de gordura nociva ao organismo. O pesquisador Frank Hu, epidemiologista nutricional da Escola de Saúde Pública de Harvard (EUA), confirmou, após 10 anos de estudos, que comer um ovo por dia não aumenta o risco de ataque cardíaco ou derrame. Isto porque o ovo é rico em colesterol e pobre em gordura saturada, o que o exime de culpa de causar doenças vasculares. O cuidado fica para diabéticos e aqueles que já sofreram infartos, que devem comer até três ovos por semana.
Com dados da revista Viva Saúde, Editora Escala, em sua edição número 72 – abril/2009 – www.revistavivasaudecom.br