Ovo pode prevenir o câncer de cólon, indica pesquisa espanhola
Pesquisa do Hospital Vall d´Hebrón, de Barcelona, indica que pacientes em fases iniciais da doença podem se beneficiar da vitamina D, presente no ovo.
Pacientes em fases iniciais do câncer de cólon (intestino grosso) podem se beneficiar com a ação da vitamina D presente no ovo. É o que demonstra uma pesquisa que está sendo realizada no Hospital Vall d´Hebrón, em Barcelona, na Espanha. Isso se deve ao fato de, nas primeiras etapas da doença, o receptor VRD, encarregado de processar a vitamina D3, se encontrar ainda nas células.
Pesquisadores do Hospital de Barcelona e do Instituto de Investigações Biomédicas Alberto Sols publicaram esses resultados na revista PLos One, o que permitirá desenvolver remédios baseados na estrutura da vitamina D3. O receptor VDR da vitamina D impede que se desenvolva uma proteína-chave na evolução das células cancerígenas.
A carência de vitamina D, inclusive, é o problema nutricional mais frequente nos espanhóis atualmente, segundo informa Franco Sánchez, chefe do serviço de endocrinologia do Hospital Carlos III, de Madri. Essa carência, segundo ele, está associada, principalmente, à obesidade, à gravidez, à diabetes tipo 1 e às doenças autoimunes. No entanto, afeta também a população que não tem ligação com essas situações.
A vitamina D regula a formação dos ossos. Noventa por cento da síntese da vitamina D no organismo humano acontece através da radiação solar; os 10% restantes vêm através da dieta alimentar. Segundo o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, o nível crítico de vitamina D, abaixo do mínimo necessário, é de 20 ng/ml; muitos médicos, no entanto, apontam que para prevenir doenças, esse nível deveria ser considerado em, pelo menos, 30 ng/ml.