Hendrix Genetics no Brasil recebe certificado de compartimentação
O certificado confere à casa genética no país a validação de seus procedimentos e protocolos em favor da biosseguridade.
A Hendrix Genetics no Brasil acaba de receber do Ministério da Agricultura o certificado de compartimentação avícola, “passaporte” que garante à empresa uma blindagem que obedece a rígidos protocolos contra a influenza aviária e a doença de Newcastle. A compartimentação é um programa que tem como base a Instrução Normativa 21 do Ministério da Agricultura e Pecuária e consiste basicamente na estruturação da produção em compartimentos que mapeiam e isolam plantas e estruturas de unidades produtivas. Com esse modelo, a reação a eventos epidemiológicos pode ser mais rápida e de maior controle, reduzindo os impactos econômicos gerados e dando maior segurança sanitária à cadeia produtiva.
Segundo informa o MAPA, “a compartimentação é voluntária e envolve todas as unidades de produção de uma propriedade, garantindo que seus procedimentos sejam realizados dentro de protocolos específicos para manter a sanidade do plantel e dos ovos a serem produzidos. A certificação de compartimentação avícola “é baseada em recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e visa a reconhecer e atestar subpopulação de aves com status sanitário diferenciado, por meio da adoção de procedimentos adicionais de biosseguridade, vigilância epidemiológica, supervisões e auditorias, realizadas pelos Serviços Veterinários Oficiais (SVO).”
Em reportagem do Ministério publicada no site do órgão, o diretor do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques, disse que a Hendrix é mais uma grande empresa de alta genética que aderiu à compartimentação, assim como já o fizeram outras empresas de postura e corte, “contribuindo para consolidar o Brasil como grande produtor e exportador de carne e material genético”.
Para o executivo Marco Almeida, diretor da Hendrix para o Brasil e América do Sul, a notícia é muito bem-vinda. “Tem sido uma honra termos aceito o desafio e a missão de trabalharmos sob supervisão do Ministério da Agricultura e em colaboração com a ABPA e, principalmente, com as pessoas que têm feito parte dessa jornada”, agradeceu o diretor. Para ele, são essas pessoas que, essencialmente, fazem tudo acontecer. “Nominar seria injusto, mas todos têm dado uma contribuição imensa. Pessoas têm colaborado, agido com imparcialidade nos seus afazeres e se superado para fazer algo em que se passou a acreditar”, destacou o executivo da Hendrix.
Marco Almeida salientou, em entrevista exclusiva à A Hora do Ovo, que a satisfação e o orgulho pela certificação obtida não diminuem os esforços para manter em alta o investimento em seguridade e em protocolos rígidos de produção genética. “Aqui na Hendrix ainda temos muito que aprender e melhorar, mas os conceitos da compartimentação têm representado mais que um processo visando à certificação; tem representado inspiração para expandir a consciência de biosseguridade para todos os níveis”.
O executivo ainda ressalta que a compartimentação foi uma iniciativa fantástica no âmbito do PNSA, o Programa Nacional de Sanidade Avícola. “E, veja, trata-se de um tema que supera questões de concorrência e disputas de mercado, trata-se de algo maior em direção a manter a sanidade do rebanho avícola brasileiro”, conclui, mantendo o agradecimento em nome de todos da Hendrix.
A COMPARTIMENTAÇÃO NA AVICULTURA
Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal do MAPA, explica que a compartimentação é um processo rigoroso baseado em regras internacionais, o que permite às empresas protegerem seu investimento para que, no futuro, caso ocorra eventual episódio de Influência Aviária ou Newcastle, tenham condições de manter seu mercado aberto e suas vendas no país. A manutenção do comércio é possível, mesmo nesses episódios, já que foram tomadas medidas de biossegurança com essa finalidade. “Tem sido estratégia acertada do ministério coordenar essa ação que está sendo ampliada à suinocultura”, explicou Marques.
Segundo informa o MAPA, a influenza aviária e a doença de Newcastle, altamente contagiosas, podem causar não apenas impactos socioeconômicos e de saúde animal mas também à saúde pública. São doenças de notificação obrigatória à OIE. “A Influenza Aviária é exótica no território nacional, enquanto que a Newcastle teve suas últimas ocorrências em 2006, em propriedades com aves de subsistência”.
O Brasil é o segundo maior produtor e maior exportador mundial de carne de aves, destinando esse produto para mais de 150 países. Além disso, a avicultura contribui fortemente para a geração de empregos no país, fornecendo alimento seguro à população brasileira e mundial, observa Marques.
(A Hora do Ovo, com informações do Ministério da Agricultura e Pecuária. Foto: Teresa Godoy)
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