Consumo de ovos quase dobra em 15 anos no Brasil, diz Globo Rural
Reportagem produzida por Cassiano Ribeiro mostra que “mudança de hábito é reflexo da substituição da carne e da desmistificação do alimento.
Reportagem publicada pelo Globo Rural no dia 25 de outubro traz a boa notícia sobre o ovo. O alimento ganhou a preferência do consumidor brasileiro, tendo seu consumo dobrado em 15 anos. As famílias brasileiras passaram a valorizar as qualidades nutricionais do ovo, também substituindo a carne, muitas vezes por questões econômicas.
A reportagem faz um paralelo entre o ovo hoje e seu consumo há 15 anos, quando “não havia um consenso entre os médicos e os cientistas sobre o impacto do consumo de ovos na dieta das pessoas. Hoje, por outro lado, os especialistas desmistificaram o produto e reconhecem o seu valor nutritivo e sua importância como fonte de proteína animal”, indica a reportagem.
Confira alguns trechos da matéria produzida pelo Globo Rural sobre o aumento do consumo de ovos:
“Em seus mais diversos modos de preparo - frito, cozido, poché, mollet ou mexido, dentre tantos outros -, estima-se que, durante o período de um ano, o brasileiro consome cerca de 257 ovos, calcula a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Esse valor é quase o dobro daquele estimado há 15 anos, quando a média era de 131 ovos por habitante ao ano.
Essa mudança de hábitos de consumo também exigiu um crescimento de produção no campo. Em 2021, por exemplo, o país produziu cerca de 55 bilhões de ovos. Espera-se que esse valor seja até superado em 2022. Esse movimento ocorre como um reflexo do aumento dos preços das carnes, em que as pessoas passaram a comer mais ovos para compor seus pratos e, assim, suprir as necessidades nutricionais.
Com a maior demanda, porém, o preço do produto também subiu. No acumulado do ano, o produto está 15% mais caro, segundo o levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Muitos produtores precisaram abater algumas aves poedeiras; isso fez com que se diminuísse a oferta do produto. Esse quadro de oferta e demanda já está mais ajustado e o produtor tem tentado manter os preços para que o valor não fique muito caro para o consumidor, uma vez que a demanda continua alta.
Nos mercados, há uma gradação nos preços dos ovos que acompanha o tipo de criação a que as aves foram submetidas. Ovos de galinhas livres de gaiola ou ovos orgânicos, por exemplo, são mais caros, pois o trato desses animais exige mais recursos, espaço e cuidados do que aquele convencional. (...)”
A reportagem de O Globo também fala sobre os ovos oriundos de aves em sistemas cage free e orgânicos, e do compromisso de algumas empresas de manter, em alguns anos, as aves apenas em sistemas livres.
(A Hora do Ovo, com informações do Globo Rural. Foto: Pixabay)
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