China produz e consome vegetais produzidos em vinil house
Produzidos sem o uso de defensivos, os vegetais em vinil house levam alimentos ao consumidor de forma mais saudável, destaca artigo no jornal China Daily.
A China é um mundo de possibilidades e a mais recente delas, pelo menos divulgada na imprensa local, são os vegetais produzidos em vinil house, uma linha de produtos cultivados sem o uso de defensivos e de forma bem diferente da usual. Na reportagem do jornal China Daily, compartilhada pelo site Asia Comentada, está a realidade desses produtos que chegam à mesa do consumidor chinês nos dias atuais.
Confira na íntegra:
“Estes vegetais são produzidos em vinil house de 10 mil metros quadrados com cobertura transparente que resiste à forte luz ultravioleta e pode ser lavada pela chuva, sem o uso de pesticidas, sem o uso do solo. Suas temperaturas são controladas, havendo oito tipos de vegetais, incluindo alface e espinafre. As suas sementes são isoladas em caixas seladas por cerca de uma semana.
Após a maturação das sementes, elas são plantadas nos canteiros onde as suas raízes são embebidas em soluções nutritivas recicladas. Por exemplo, o espinafre tem um ciclo de crescimento de 19 dias, permitindo 19 colheitas por ano. Estas fábricas inteligentes foram instaladas em Shenzhen, Sozhou, Quanahou, Dalian e Changehun, e estas tecnologias estão ultrapassando os Estados Unidos e, mais acentuadamente, o Brasil. Além de abastecerem as prateleiras dos supermercados, também estão sendo vendidas por e-mail.
A cozinha central de Beijing recebe mais de dois mil pedidos por dia, que devem chegar três horas antes dos veículos efetuarem suas entregas. O consumo de energia na linha de montagem é controlado por sensores para melhorar a eficiência de sua produção.
A Yonyou Network Technolgy está empenhada em fornecer os serviços de software para restaurantes para conectá-los com os pontos de venda destes produtos. Eles construíram uma plataforma inteligente para atender a toda cadeia envolvida. A logística utilizada visa otimizar o sistema completo.
Estas tecnologias estão ajudando os restaurantes a conhecerem as preferências dos clientes, inclusive sobre sabores, utilizando a Inteligência Artificial. Também o uso de robôs está sendo estimulado. Os produtos são controlados nas suas validades, considerando os feriados e as condições climáticas.
Um restaurante de comida de alimentos quentes em Beijing tem 18 braços de máquinas automáticas que trabalham constantemente numa sala inteligente, separando pratos que ficam entre 0ºC e 4ºC, sendo capazes de processar oito mil pratos por dia. Depois de 10 minutos dos clientes efetuaram seus pedidos, seis robôs despacham os pratos de carnes e legumes, com seus nomes etiquetados.
Se os clientes não dispõem de tempo para frequentar os restaurantes na China, em 2018, US$35,8 bilhões de alimentos prontos foram entregues para a eles. A Meituan recebe 19,4 milhões de pedidos de compra por dia e 531 mil motoristas transportam as encomendas para os clientes. Estas cifras estão crescendo cerca de 9,5% por ano.
São dados assustadores para o resto do mundo, mostrando que a escala é algo impressionante, permitindo soluções pouco imagináveis."