A avicultura de postura desempenha um papel fundamental na indústria alimentar global, fornecendo ovos, um produto de alto valor nutricional, baixo custo de aquisição e de versatilidade culinária. Para isso, ao longo dos anos, a avicultura de postura tem selecionado linhagens de poedeiras com elevado potencial genético, as quais, para alcançarem alta performance, demandam atenção especial ao atendimento de suas exigências nutricionais e sanitárias.

Para garantir suas exigências nutricionais e sanitárias é crucial cuidar da saúde digestiva das aves, principalmente quando alimentadas com ingredientes de qualidade inferior, pois apresentam menor potencial de aproveitamento dos nutrientes, resultando não apenas na perda por excreção fecal, mas também no desequilíbrio da microbiota. Adicionalmente, o acúmulo de nutrientes não utilizados no trato digestório das aves, aliado à pressão sanitária, intensifica o crescimento da população de patógenos, acarretando prejuízos produtivos.

Uma maneira de mitigar esse problema é o uso de probióticos na dieta das aves. Segundo o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) os probióticos são cepas de microrganismos vivos (viáveis), que agem como auxiliares na recomposição da microbiana do trato digestivo dos animais contribuindo para o seu equilíbrio. Ou seja, são capazes de modular a microbiota das aves, resultando na melhoria da saúde e, consequentemente, no aumento da produtividade e qualidade dos ovos.


No entanto, a eficácia do probiótico dependerá do seu modo de ação, forma de uso, dosagem e resistência à atividade de enzimas digestivas, a alterações no pH, ao tratamento térmico e a sua resistência quando associada com outras moléculas como antibióticos, coccidiostáticos, ácidos orgânicos etc. Nesse sentido o probiótico Calsporin tem lugar de destaque, pois é comprovadamente resistente às condições adversas, sendo capaz de modular a microbiota, melhorar o desempenho e a qualidade dos ovos.

Como exemplo de sua eficiência na modulação, ao utilizarmos 300.000 ufc/g de Calsporin na alimentação de poedeiras comerciais com 50 semanas de idade, observou-se a formação eficaz de um ambiente anaeróbico que favoreceu o aumento da proporção de Lactobacillus em detrimento das bactérias potencialmente patogênicas (Grafico 1).

O equilíbrio da microbiota resulta na melhoria da performance das aves, como observado no Gráfico 2, na qual, ao utilizarmos 300.000 ufc/g de Calsporin na alimentação de poedeiras comerciais de 19 a 24 semanas de idade, observamos uma redução de 2,5% na CA e aumento 2,1% na massa do ovo.

Em outro teste, ao utilizarmos 300.000 ufc/g Calsporin na alimentação de poedeiras comerciais a partir de 56 semanas de idade (Gráfico 3), observamos um aumento de 2% na taxa de postura.

O aumento da produtividade não compromete a qualidade do ovo, como mostrado na Gráfico 4, no qual, ao realizamos um teste com galinhas comerciais entre 55 a 77 semanas divididas em 4 períodos, 2 com uso de 300.000 ufc/g de Calsporin e 2 sem o uso, de forma intercalada, observamos que os períodos em que as aves foram suplementadas com Calsporin ocorreu aumento da espessura da casca do ovo de 0,6% e 3,5%, no primeiro e segundo período, respectivamente, devido à melhor reabsorção óssea ("Turn Over") e à manutenção da homeostasia dos minerais.

Esses resultados demonstram que a utilização do probiótico Calsporin na alimentação de poedeiras comerciais é capaz de modular a microbiota, melhorar desempenho, produtividade e qualidade dos ovos, resultando em aumento do ganho sobre a produção.


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA (Brasil). Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa 44/2015/MAPA. 15/12/2015. Instrução Normativa 44/2015/MAPA, [S. l.], 17 dez. 2015.

(Imagem do destaque: Tohamina/Freepik)