Comer ovo ou não? Eis a questão, apresentada em reportagem

Comer ovo ou não? Eis a questão, apresentada em reportagem

Este é o título da reportagem do Jornal de Londrina, diário do Norte do Paraná, que busca opiniões variadas sobre o consumo do ovo.

Ovonews

março 13, 2013

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Ovos: alimento rico que ainda desperta dilemas entre especialistas

A pendenga parece não ter fim. Mesmo com pesquisas e profissionais apontando os benefícios do ovo, há persiste o dilema maniqueísta em relação ao ovo. O diário Jornal de Londrina, que circula na região metropolitana de Londrina, no Norte do Paraná, traz uma reportagem em que o assunto é justamente a discussão em torno do alimento. Segundo o jornal, “os desencontros nas pesquisas a respeito do alimento confundem as pessoas. Para especialistas, ovo ainda é mais herói do que vilão”.

Confira a íntegra da reportagem Comer ovo ou não? Eis a questão, de Rafael Sanchez, e tire você as suas conclusões:

“Um dos alimentos que mais provocam discussões a respeito da sua função nas dietas é o ovo. É comum pesquisas o caracterizarem como vilão na alimentação, como foi por muito tempo. Por outro lado, também vem sendo tratado como herói, especialmente nas pesquisas mais recentes.

Em vez de esclarecer a população, essa “indecisão” dos pesquisadores acaba causando confusão. Essa é a opinião de vários especialistas. Para o cardiologista Icanor Antonio Ribeiro, há excesso de informação atualmente, o que leva as pessoas ao receio de comer não apenas o ovo, mas qualquer alimento. Segundo ele, a alimentação deve ser algo prazeroso, desde que respeitando os limites. “Pode-se comer de tudo, mas respeitando as orientações que, eventualmente, cada paciente recebeu”, afirma.

A nutricionista Valéria Mortara também critica o modo como as pesquisas chegam ao conhecimento das pessoas. Para ela, a população tem “muita sede de saber as coisas”, e isso também prejudica. “Se é feita uma pesquisa com dez pessoas e indica alguma coisa, já é tomada como uma afirmação. Elas [as pesquisas] são muito mal interpretadas.”

Essa má intepretação sobre os resultados das pesquisas pode decorrer do fato de não serem dirigidas ao grande público, como explica o endocrinologista Alexandre José Carilho. Para ele, essas pesquisas são elaboradas apenas para responder uma pergunta específica em determinado contexto. “Ao serem veiculadas na mídia, são tiradas conclusões apressadas”, afirma.

À margem do debate o ovo, na opinião do cardiologista Icanor Antonio Ribeiro e da nutricionista Valéria Mortara, traz muito mais benefícios à saúde do que prejuízos. Para o cardiologista, o grande valor nutritivo – com proteínas, vitaminas A, D, E, K e todas as vitaminas do complexo B – justifica o consumo. “É um alimento muito completo. Até mesmo a casca é um dos componentes da multimistura[farelo usado na recuperação de crianças subnutridas]”, lembra. Ribeiro destaca ainda o baixo custo do ovo, acessível a toda a população.

A nutricionista Valéria Mortara ratifica as informações do cardiologista, explicando que o ovo é rico em proteínas, em minerais importantes e tem baixa caloria. “É um alimento que combina com a população brasileira. Combinações como arroz, feijão e ovo e pão com ovo são ótimas.”

Já o endocrinologista Alexandre José Carilho se mostra mais cauteloso quando o assunto é o consumo do ovo. Para ele é complicado ficar de um lado nessa disputa, pois, segundo avalia, nada está efetivamente comprovado a respeito do ovo. “Com o ovo a questão está aberta, mas o que se acredita é que não há proibição, e sim, limites.” Segundo ele, também não há motivo para que o consumo do ovo seja estimulado. “Não conheço nenhum trabalho que comprove que [o consumo] melhora a sobrevida de alguém. A única resposta que as pesquisas buscam é se o ovo faz mal ou é indiferente.”

(A Hora do Ovo, com reportagem integral do Jornal de Londrina – PR)

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